sábado, 21 de dezembro de 2019

O Recomeço


Foto: pexels.com
Foto: pexels.com00
A Bíblia é repleta de simbologias. Muitas delas dizem respeito à transição de períodos de tristeza, desânimo e desesperança, para um recomeço de paz, liberdade e prosperidade. Estas estações tornaram-se um marco na história do povo de Israel. Uma delas e, talvez a mais conhecida, seja a saída do povo do Egito para a terra prometida.
O povo de Israel amargou 430 anos de escravidão. Era um povo forte e cheio de promessas de Deus, mas viviam na miséria e oprimidos por um governo corrupto e abusivo, características que não podiam resultar em outra coisa, senão a injustiça. E, por óbvio, os israelitas eram os mais prejudicados.
A história atual do Brasil é similar. A escravidão, no sentido mais amplo de seu significado, infelizmente encontrou guarida em nosso país. Este status de escravidão talvez seja o mais maléfico e duradouro dos que os tradicionalmente definidos. A escravidão que se verifica em nosso país é velada. Isto é atestado pelos números que revelam a qualidade, ou melhor dizendo – a não qualidade – da nossa educação, saúde, segurança e desempenho da economia.
Trago, portanto, a reflexão dos pontos cruciais desta saga entre o Egito e a terra prometida:
  • é preciso acreditar que todos nascem livres e, por isso, jamais podem aceitar a posição de escravos;
  • deixar de ser escravo é processo árduo, porém necessário.
É possível afirmar que o status do povo de Israel mudou a partir da decisão de abandonar a escravidão. Enquanto a desesperança imperou, o processo de saída foi retardado. (Êxodo 5.21).
Não é novidade que o povo brasileiro guarda em seu DNA a certeza de que somos um povo relegado. Expressões como: “tinha que ser no Brasil”; “jeitinho brasileiro”; são extremamente populares. Esta pseudoverdade coloca-nos sempre como um povo subjugado.
O grande problema não está em reconhecer as falhas culturais que guardamos, mas tão somente acreditar piamente na impossibilidade de restauração da nossa terra. Se mantivermos esta mentalidade, jamais sairemos da escravidão.
É importante destacar que sair por completo da condição de escravo requer perseverança. Até alcançar a terra prometida, o povo passou por muitos percalços no deserto, mas em todos eles Deus permaneceu fiel. Foi um período de aprendizado e crescimento, necessário para se despir por completo de uma mentalidade de escravidão.
O ano de 2019 pode ser comparado a esta transição. Aprovamos a reforma da previdência, reduzimos o índice de homicídios, estupro e roubo, reduzimos o risco Brasil. Não obstante a decisão do STF, avançamos na discussão sobre prisão em segunda instância, trabalhamos para recuo na taxa de inflação e criação de novos postos de trabalho.
Ainda estamos atravessando um deserto. Podemos celebrar melhorias, vislumbrar crescimento e acreditar na possibildade de um novo Brasil. Mas os desafios ainda permanecem. O deserto faz parte das grandes conquistas. Entretanto, esmorecer no ermo é voltar a condição de escravo. Apenas por meio da perseverança alcançaremos a terra prometida.
:: Lucas Gonzalez

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sábado, 21 de dezembro de 2019

O Recomeço


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A Bíblia é repleta de simbologias. Muitas delas dizem respeito à transição de períodos de tristeza, desânimo e desesperança, para um recomeço de paz, liberdade e prosperidade. Estas estações tornaram-se um marco na história do povo de Israel. Uma delas e, talvez a mais conhecida, seja a saída do povo do Egito para a terra prometida.
O povo de Israel amargou 430 anos de escravidão. Era um povo forte e cheio de promessas de Deus, mas viviam na miséria e oprimidos por um governo corrupto e abusivo, características que não podiam resultar em outra coisa, senão a injustiça. E, por óbvio, os israelitas eram os mais prejudicados.
A história atual do Brasil é similar. A escravidão, no sentido mais amplo de seu significado, infelizmente encontrou guarida em nosso país. Este status de escravidão talvez seja o mais maléfico e duradouro dos que os tradicionalmente definidos. A escravidão que se verifica em nosso país é velada. Isto é atestado pelos números que revelam a qualidade, ou melhor dizendo – a não qualidade – da nossa educação, saúde, segurança e desempenho da economia.
Trago, portanto, a reflexão dos pontos cruciais desta saga entre o Egito e a terra prometida:
  • é preciso acreditar que todos nascem livres e, por isso, jamais podem aceitar a posição de escravos;
  • deixar de ser escravo é processo árduo, porém necessário.
É possível afirmar que o status do povo de Israel mudou a partir da decisão de abandonar a escravidão. Enquanto a desesperança imperou, o processo de saída foi retardado. (Êxodo 5.21).
Não é novidade que o povo brasileiro guarda em seu DNA a certeza de que somos um povo relegado. Expressões como: “tinha que ser no Brasil”; “jeitinho brasileiro”; são extremamente populares. Esta pseudoverdade coloca-nos sempre como um povo subjugado.
O grande problema não está em reconhecer as falhas culturais que guardamos, mas tão somente acreditar piamente na impossibilidade de restauração da nossa terra. Se mantivermos esta mentalidade, jamais sairemos da escravidão.
É importante destacar que sair por completo da condição de escravo requer perseverança. Até alcançar a terra prometida, o povo passou por muitos percalços no deserto, mas em todos eles Deus permaneceu fiel. Foi um período de aprendizado e crescimento, necessário para se despir por completo de uma mentalidade de escravidão.
O ano de 2019 pode ser comparado a esta transição. Aprovamos a reforma da previdência, reduzimos o índice de homicídios, estupro e roubo, reduzimos o risco Brasil. Não obstante a decisão do STF, avançamos na discussão sobre prisão em segunda instância, trabalhamos para recuo na taxa de inflação e criação de novos postos de trabalho.
Ainda estamos atravessando um deserto. Podemos celebrar melhorias, vislumbrar crescimento e acreditar na possibildade de um novo Brasil. Mas os desafios ainda permanecem. O deserto faz parte das grandes conquistas. Entretanto, esmorecer no ermo é voltar a condição de escravo. Apenas por meio da perseverança alcançaremos a terra prometida.
:: Lucas Gonzalez

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