
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez no começo de novembro um pedido para que cristãos dos Estados Unidos rejeitassem uma possível ação militar norte-americana. O apelo foi feito em Caracas, durante um encontro de oração transmitido pelo canal estatal e realizado no Palácio de Miraflores, com a presença de líderes religiosos de várias denominações.
Maduro afirmou que busca uma “aliança espiritual” com as igrejas dos EUA. “Que os sinos da paz soem, e não os tambores da guerra, do ódio e da morte”, disse. Ele declarou que a Venezuela envia uma mensagem de “paz, harmonia e misericórdia” às comunidades cristãs americanas.
O governo venezuelano relaciona o pedido ao aumento da presença militar dos EUA no Caribe. Washington diz que as operações têm foco no combate ao narcotráfico, mas Caracas vê o movimento como ameaça direta à sua soberania.
O evento contou com a participação de Nicolás Maduro Guerra, filho do presidente e vice-presidente de Assuntos Religiosos do partido governista. O líder queniano David Edward Owuor também esteve presente e descreveu a Venezuela como um “território de paz e bênção”, pedindo união em oração para proteger o país.
Nos Estados Unidos, reportagens apontam que Donald Trump discutiu “opções militares” em reuniões com altos funcionários do Pentágono, entre eles o secretário de Defesa Pete Hegseth e o chefe do Estado-Maior Conjunto Dan Caine. Horas antes do encontro religioso, Maduro já havia pedido que cidadãos norte-americanos ajudassem a impedir “bombardeios e guerras” no continente.
Outro elemento que elevou a preocupação de Caracas foi o relato de um ataque, em 10 de novembro, a uma embarcação em águas internacionais do Caribe, que teria deixado quatro mortos. O governo venezuelano relaciona o episódio às ações militares dos EUA.
No fim do mês, as tensões ficaram ainda mais fortes depois de Trump ameaçar uma ação militar por terra contra Maduro, reforçando o clima de incerteza na região.
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