
Por Anna Nazco
Nesta quinta-feira (27) foi divulgada a 11ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, que detalha a dimensão da violência doméstica no país e seus efeitos na vida das vítimas. O levantamento, realizado pelo DataSenado e pela Nexus em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), do Senado Federal, ouviu, nesta edição, 21.641 mulheres em todo o país.
O estudo aponta que sete em cada dez mulheres que sofreram violência doméstica tiveram a rotina alterada após as agressões, o que corresponde a 69% das entrevistadas, uma estimativa de 24 milhões de mulheres brasileiras. Além disso, 68% relataram prejuízos nas relações sociais, 46% afirmaram que o trabalho foi afetado e 42% disseram ter enfrentado impactos nos estudos.
A pesquisa mostra ainda a relação entre situação econômica e risco de violência. Mulheres que estão fora da força de trabalho registraram índice de violência três vezes maior (12%) do que aquelas que estão empregadas (4%). O levantamento também revela que 66% das mulheres que sofreram agressões recebem até dois salários mínimos, indicando maior concentração dos casos entre brasileiras em condição de vulnerabilidade financeira.
Criada em 2005 para subsidiar a elaboração da Lei Maria da Penha, a Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher é realizada a cada dois anos.
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