quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Trump irá apresentar "acordo do século", que promete estabelecer paz no Oriente Médio

O presidente dos EUA, Donald Trump, em discurso no Charleston Civic Center, em Charleston. (Foto: AFP/Mandel Ngan)
O presidente dos EUA, Donald Trump, em discurso no Charleston Civic Center, em Charleston. (Foto: AFP/Mandel Ngan)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja apresentar seu plano de paz no Oriente Médio, apelidado de “acordo do século”, durante a Assembleia Geral da Nações Unidas em Nova York, informou o jornal palestino Al-Quds na segunda-feira.
A 73ª sessão da Assembleia Geral será realizada de 18 de setembro a 5 de outubro e contará com discursos de líderes mundiais proeminentes, incluindo Trump, que deve fazer seu discurso em 25 de setembro.
Os EUA já alertaram que caso o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, continuasse recusando o governo norte-americano como mediador no processo de paz israelo-palestino, Washington irá introduzir seu plano de paz independentemente de suas ressalvas.
Abbas tem evitado os esforços de paz dos EUA desde que Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel e transferiu a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, acusando o governo Trump de ser “grosseiramente tendencioso” em favor de Israel.
Desde o início de 2017, o acordo de paz vem sendo desenvolvido pelo representante especial em Negociações Internacionais dos EUA, Jason Greenblatt, o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, e o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman.
Na semana passada, os quatro enviados da Casa Branca divulgaram uma declaração conjunta no Twitter reconhecendo que “ninguém ficará totalmente satisfeito” com o aguardado acordo de paz entre israelenses e palestinos.
“Ninguém ficará totalmente satisfeito com a nossa proposta, mas é assim que a verdadeira paz deve ser alcançada. A paz só pode ter sucesso se for baseada em realidades”, disse o comunicado divulgado na última quarta-feira (15).
Expectativa de árabes e israelenses
Mesmo que a Casa Branca esteja engajada no acordo do século, está cada vez mais claro que os árabes estão hesitantes. “A maior parte do mundo árabe — incluindo Egito e Arábia Saudita — rejeitou o acordo do século proposto pelos EUA”, disse Saad El Gammal, chefe do Comitê de Assuntos Árabes do Parlamento egípcio.
Enquanto a Autoridade Palestina enxerga como única solução o reconhecimento de Jerusalém Oriental como sua capital, a organização J Street, que promove a liderança americana para acabar com os conflitos israelo-palestino, acredita que Trump não entendeu a complexidade da situação.
Já o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, destacou a frustração da Casa Branca diante da inflexibilidade da liderança palestina, que tem se recusado a se reunir com membros do gabinete americano.
“O presidente fez a coisa certa ao transferir a embaixada para a capital de Israel, e isso traz realidade às negociações”, ele destacou. “Foi um passo muito positivo, não apenas para Israel, mas também para os palestinos”.

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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Trump irá apresentar "acordo do século", que promete estabelecer paz no Oriente Médio

O presidente dos EUA, Donald Trump, em discurso no Charleston Civic Center, em Charleston. (Foto: AFP/Mandel Ngan)
O presidente dos EUA, Donald Trump, em discurso no Charleston Civic Center, em Charleston. (Foto: AFP/Mandel Ngan)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja apresentar seu plano de paz no Oriente Médio, apelidado de “acordo do século”, durante a Assembleia Geral da Nações Unidas em Nova York, informou o jornal palestino Al-Quds na segunda-feira.
A 73ª sessão da Assembleia Geral será realizada de 18 de setembro a 5 de outubro e contará com discursos de líderes mundiais proeminentes, incluindo Trump, que deve fazer seu discurso em 25 de setembro.
Os EUA já alertaram que caso o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, continuasse recusando o governo norte-americano como mediador no processo de paz israelo-palestino, Washington irá introduzir seu plano de paz independentemente de suas ressalvas.
Abbas tem evitado os esforços de paz dos EUA desde que Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel e transferiu a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, acusando o governo Trump de ser “grosseiramente tendencioso” em favor de Israel.
Desde o início de 2017, o acordo de paz vem sendo desenvolvido pelo representante especial em Negociações Internacionais dos EUA, Jason Greenblatt, o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, e o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman.
Na semana passada, os quatro enviados da Casa Branca divulgaram uma declaração conjunta no Twitter reconhecendo que “ninguém ficará totalmente satisfeito” com o aguardado acordo de paz entre israelenses e palestinos.
“Ninguém ficará totalmente satisfeito com a nossa proposta, mas é assim que a verdadeira paz deve ser alcançada. A paz só pode ter sucesso se for baseada em realidades”, disse o comunicado divulgado na última quarta-feira (15).
Expectativa de árabes e israelenses
Mesmo que a Casa Branca esteja engajada no acordo do século, está cada vez mais claro que os árabes estão hesitantes. “A maior parte do mundo árabe — incluindo Egito e Arábia Saudita — rejeitou o acordo do século proposto pelos EUA”, disse Saad El Gammal, chefe do Comitê de Assuntos Árabes do Parlamento egípcio.
Enquanto a Autoridade Palestina enxerga como única solução o reconhecimento de Jerusalém Oriental como sua capital, a organização J Street, que promove a liderança americana para acabar com os conflitos israelo-palestino, acredita que Trump não entendeu a complexidade da situação.
Já o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, destacou a frustração da Casa Branca diante da inflexibilidade da liderança palestina, que tem se recusado a se reunir com membros do gabinete americano.
“O presidente fez a coisa certa ao transferir a embaixada para a capital de Israel, e isso traz realidade às negociações”, ele destacou. “Foi um passo muito positivo, não apenas para Israel, mas também para os palestinos”.

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