terça-feira, 23 de março de 2010

Um cheque de R$ 35 mil no chão, o que você faria?

Vânia Maria Corrêia dos Santos, 28 anos, que trabalha a dez como gari nunca varreu nada parecido em sua vida. Trata-se de um cheque no valor de R$ 35 mil, 70 vezes o valor do seu salário.

Vânia estranhou o envelope branco, limpinho, sobre o chão cheio de barro. Abriu o invólucro e levou um susto. “Meu Deus, quanto dinheiro”, pensou. Lembra-se até mesmo do que vinha após a vírgula. “Trinta e cinco mil, cento e cinquenta reais e quarenta e nove centavos”.

No verso, um nome e telefone. Antes de devolver o que não era seu, Vânia ouviu todo o tipo de conselho. “Teve gente que disse pra eu depositar na minha conta, outros mandaram eu sacar, mas que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a alma para o inferno. Chega de fazer besteira nessa vida”. O número da conta e o nome da empresa que receberia o crédito estavam dentro do mesmo envelope. Vânia foi ao banco mais próximo e fez o depósito na hora.

Somente depois, ligou para o número atrás do cheque. Disse a um homem, que se apresentou como gerente de uma empresa, que ele poderia ir buscar o comprovante. Um office-boy foi até seu encontro, pegou o documento e a entregou outro envelope: “Para Vânia. Obrigado”. Dentro, R$ 50. Um valor 700 vezes menor do que o do cheque.

Perderam o contato. Não tem mais o telefone e sequer se lembra do nome do gerente e da empresa. Seu ato é ainda mais nobre pela vida simples que leva, em Nova Sussuarana, às margens da Avenida Gal Costa. Casa de dois cômodos, no reboco, onde mora com duas filhas e o marido. Mas, em vez de R$ 35 mil no bolso, a evangélica Vânia preferiu continuar com as ruas e a consciência limpas.

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terça-feira, 23 de março de 2010

Um cheque de R$ 35 mil no chão, o que você faria?

Vânia Maria Corrêia dos Santos, 28 anos, que trabalha a dez como gari nunca varreu nada parecido em sua vida. Trata-se de um cheque no valor de R$ 35 mil, 70 vezes o valor do seu salário.

Vânia estranhou o envelope branco, limpinho, sobre o chão cheio de barro. Abriu o invólucro e levou um susto. “Meu Deus, quanto dinheiro”, pensou. Lembra-se até mesmo do que vinha após a vírgula. “Trinta e cinco mil, cento e cinquenta reais e quarenta e nove centavos”.

No verso, um nome e telefone. Antes de devolver o que não era seu, Vânia ouviu todo o tipo de conselho. “Teve gente que disse pra eu depositar na minha conta, outros mandaram eu sacar, mas que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a alma para o inferno. Chega de fazer besteira nessa vida”. O número da conta e o nome da empresa que receberia o crédito estavam dentro do mesmo envelope. Vânia foi ao banco mais próximo e fez o depósito na hora.

Somente depois, ligou para o número atrás do cheque. Disse a um homem, que se apresentou como gerente de uma empresa, que ele poderia ir buscar o comprovante. Um office-boy foi até seu encontro, pegou o documento e a entregou outro envelope: “Para Vânia. Obrigado”. Dentro, R$ 50. Um valor 700 vezes menor do que o do cheque.

Perderam o contato. Não tem mais o telefone e sequer se lembra do nome do gerente e da empresa. Seu ato é ainda mais nobre pela vida simples que leva, em Nova Sussuarana, às margens da Avenida Gal Costa. Casa de dois cômodos, no reboco, onde mora com duas filhas e o marido. Mas, em vez de R$ 35 mil no bolso, a evangélica Vânia preferiu continuar com as ruas e a consciência limpas.

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