16 de dez. de 2025

Teólogo atribui surgimento de pastoras ao feminismo

 


O teólogo e influenciador Caio Modesto afirmou que o ministério pastoral de mulheres teria surgido a partir do avanço do movimento feminista no século XX, influenciando debates dentro da igreja. A declaração teve repercussão nas redes sociais e dividiu opiniões entre evangélicos no Brasil.

Caio Modesto se apresenta como teólogo, pregador e criador do canal Pregando as Escrituras, que, segundo ele, reúne conteúdos de estudos bíblicos e apologética e soma mais de 1,5 milhão de inscritos no YouTube. No vídeo, ele diz que ideias associadas ao feminismo passaram a influenciar discussões religiosas, inclusive sobre limites históricos do ofício pastoral.

Segundo Modesto, a ideia de que “o feminino é uma construção social” teria levado setores da igreja a reinterpretar restrições tradicionais ao pastorado. Ele afirma que, nessa leitura, a igreja passaria a ser vista como parte de uma “opressão cultural” ao manter o pastorado restrito aos homens.

O influenciador argumenta que a mudança não teria base na tradição cristã, mas em pressões externas. Ele diz que textos bíblicos antes tratados como instruções universais teriam passado a ser lidos como reflexos do contexto histórico em que foram escritos. Para exemplificar, Modesto cita que, nas décadas de 1950 e 1960, ocorreram as primeiras ordenações femininas em igrejas ocidentais, mencionando o caso de Raquel Hederlich, em 1965, nos Estados Unidos.

No mesmo conteúdo, Modesto afirma que teólogos conservadores teriam alertado para esse processo. Ele menciona John Piper e diz que, segundo esse entendimento, chamar mulheres de pastoras seria “enganoso”, por envolver autoridade espiritual e ensino público, funções que, nessa corrente, seriam atribuídas aos presbíteros homens. Modesto declarou concordar com essa perspectiva.

Ao final de seu vídeo, o teólogo defendeu que a igreja não deve ajustar seus ofícios às mudanças culturais e resumiu sua posição com a frase: “não é a cultura que deve moldar a Bíblia”.

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