3 de dez. de 2025

Processo de R$ 1,3 milhão: MEVAM diz que gestão financeira no Rio é de Rodrigo Gomes

 Pastor Rodrigo Gomes, líder do MEVAM Rio de Janeiro, prega ao microfone com o braço levantado durante culto

Pastor Rodrigo Gomes, líder do MEVAM Rio de Janeiro, durante pregação. (Foto: Reprodução/Instagram)

RIO DE JANEIRO (RJ) — A repercussão do processo movido por duas empresas de engenharia contra unidades do MEVAM no Rio de Janeiro ganhou um novo capítulo. Diante da cobrança judicial que ultrapassa R$ 1,3 milhão e da citação ao nome do seu presidente na ação, a Sede Global do ministério, baseada em Itajaí (SC), emitiu um posicionamento para se distanciar da disputa financeira.

A diretoria nacional, liderada pelo Pr. Luiz Hermínio, esclareceu que não possui qualquer vínculo jurídico ou administrativo com as igrejas MEVAM Rio Recreio e MEVAM Rio Campinho. Segundo a nota enviada à nossa redação, a relação entre a matriz e as filiais restringe-se exclusivamente à esfera doutrinária e espiritual, sob o conceito de “cobertura ministerial”.

O texto oficial enfatiza que essa ligação espiritual não transfere responsabilidades por contratos, obras ou dívidas assumidas pelas lideranças locais. Sobre a presença de Luiz Hermínio na inauguração do templo — fato usado pela acusação para tentar vincular a sede nacional ao processo —, a assessoria foi categórica ao classificar como uma atividade estritamente pastoral, sem configurar aval financeiro. “A Justiça reconhecerá a ausência de legitimidade passiva da MEVAM Global”, diz o comunicado.

Pastor Luiz Hermínio pregando com expressão séria durante culto do MEVAM Global
Pr. Luiz Hermínio, presidente do MEVAM Global, é citado em processo de dívida no Rio, mas Sede nega responsabilidade. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Enquanto a sede nacional blinda sua imagem, a defesa das unidades do Rio de Janeiro partiu para o ataque nos tribunais. Documentos obtidos pelo O Fuxico Gospel revelam que a igreja apresentou uma contestação com reconvenção — instrumento jurídico onde o réu processa o autor dentro da mesma ação.

A defesa acusa as construtoras WSD Engenharia e Fabmix de “litigância de má-fé”. Os advogados da igreja argumentam que não existe contrato formal assinado validando os valores milionários e pedem a anulação imediata das cobranças.

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