25 de dez. de 2025

Novo dispositivo rápido transforma água do mar em potável em poucos minutos

 O dispositivo consegue usar a água do mar e deixá-la potável, pronta para consumo - Foto: MIT

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, desenvolveram um novo dispositivo capaz de obter água potável de forma muito mais rápida do que as tecnologias atuais. A solução usa ondas ultrassônicas para extrair água em poucos minutos, o que pode ajudar regiões secas e com pouco acesso a fontes tradicionais.

A tecnologia foi pensada como uma alternativa para locais onde faltam rios, reservatórios e até mesmo água do mar para dessalinização. Em vez disso, o sistema aproveita a umidade presente no ar, algo que existe até em ambientes desérticos.

O estudo com os resultados foi publicado recentemente na revista científica Nature Communications e aponta um avanço importante na chamada coleta de água atmosférica, área que vem ganhando atenção nos últimos anos.

Água potável a partir da umidade do ar

A coleta de água atmosférica funciona com materiais especiais, conhecidos como sorventes, que absorvem a umidade do ar como se fossem esponjas. O desafio sempre foi retirar essa água de forma eficiente, já que os métodos comuns usam calor do sol, um processo lento.

Segundo os pesquisadores, esse método tradicional pode levar horas ou até dias para liberar a água absorvida. Isso limita o uso prático da tecnologia em larga escala, especialmente em situações de emergência.

O novo dispositivo muda esse cenário ao eliminar a dependência do calor e reduzir drasticamente o tempo necessário para obter água limpa.

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Ondas ultrassônicas

O equipamento criado pelo MIT usa ondas ultrassônicas, que são vibrações em alta frequência, inaudíveis para o ouvido humano. Quando o material sorvente é colocado sobre o dispositivo, essas ondas fazem as moléculas de água se soltarem rapidamente.

De acordo com os testes, a água começa a se desprender em forma de gotas em apenas alguns minutos. O desempenho é muito superior ao dos sistemas térmicos usados hoje.

Os cientistas calcularam que a nova técnica é aproximadamente 45 vezes mais eficiente do que o uso do calor do sol para extrair água do mesmo material.

Sistema pode funcionar com energia solar

Embora não use calor, o dispositivo precisa de energia elétrica para funcionar. A equipe avalia que uma pequena célula solar pode alimentar o sistema, tornando o uso viável em locais isolados.

Esse painel solar também pode atuar como sensor, ativando o equipamento automaticamente quando o material estiver saturado de umidade. Assim, o ciclo de coleta e extração pode se repetir várias vezes ao longo do dia.

Para os pesquisadores, o grande ganho está justamente na rapidez do processo, que permite produzir mais água potável diariamente a partir do ar, ampliando o acesso em regiões com escassez hídrica.

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