
BELO HORIZONTE (MG) — O Clava Forte Bank, popularmente apelidado de “Banco da Lagoinha“ devido à sua origem e forte apelo junto aos membros da denominação mineira, passou por uma nova e estratégica alteração em seu quadro de comando. Cassiane Montosa Pitelli Valadão, esposa do pastor André Valadão, voltou a figurar oficialmente como administradora e sócia da instituição, revertendo sua saída que havia sido registrada há menos de dois meses.
A movimentação ocorre em um cenário de tensão. O projeto, vendido aos fiéis como uma solução financeira cristã, enfrenta o escrutínio público devido às conexões com grupos investigados na CPMI do INSS. O retorno de Cassiane ao centro das decisões do “Banco da Lagoinha” sugere que a tentativa de blindar a imagem da família pode ter esbarrado em exigências contratuais ou na necessidade de manter o controle acionário unificado.
A manobra no “Banco da Igreja”
Juristas analisam o movimento com cautela. A saída de Cassiane em outubro tinha características de proteção patrimonial, uma tática comum para evitar que bens pessoais de cônjuges sejam atingidos em eventuais processos contra a empresa.
No entanto, o retorno abrupto em dezembro indica que a operação do Clava Forte depende organicamente da presença do casal. Nos bastidores, especula-se que a retirada dela possa ter gerado insegurança jurídica ou travado processos internos que exigiam sua assinatura, forçando o retorno mesmo diante do risco de exposição.
O apelido de “Banco da Lagoinha” não é oficial, mas colou na praça. A instituição cresceu usando a capilaridade e a influência da Igreja Batista da Lagoinha, transformando a fé em um canal de aquisição de clientes. Agora, essa mesma conexão torna qualquer crise no banco um problema direto para a reputação da igreja.
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