A fidelidade ao chamado divino (a Pedra Angular) é a verdadeira fonte de validação ministerial, superando a busca por reconhecimento humano
Por Patricia Andrade
Em Gálatas 2, Paulo descreve um encontro decisivo para o reconhecimento de seu chamado apostólico. Esse encontro foi promovido pelo próprio Eterno. Ele sobe a Jerusalém movido por uma revelação (Gl 2.2) e apresenta o evangelho que pregava entre os gentios. Esse gesto revela algo fundamental: o ministério verdadeiro não nasce da ambição humana, da busca por bens materiais, status ou coisas mundanas, mas da vocação dada por Deus, que Ele mesmo confirma no tempo devido.
Tiago, Pedro e João, que eram considerados “colunas” da Igreja Primitiva, ao ouvirem Paulo, reconheceram a graça que lhe fora dada (Gl 2.9). Não foi Paulo que exigiu validação; foi o próprio Senhor quem testificou de seu ministério. Os líderes apenas discerniram a chamada e a unção para executá-la, que Deus já havia estabelecido na vida dele. Essa verdade deve encorajar todos nós que, hoje, servimos ao Senhor: é óbvio que o reconhecimento humano é valioso, mas a verdadeira aprovação vem do Alto. Como está escrito: “A nossa capacidade vem de Deus” (2Co 3.5).Paulo não buscava aplausos nem posicionamento. Ele buscava fidelidade ao evangelho recebido por revelação de Cristo (Gl 1.12). Assim também deve ser a mentalidade com relação ao chamado que recebemos: quem Deus levanta, Ele mesmo sustenta. Se lembrarmos de Davi, vamos recordar que aconteceu a ele algo semelhante: os homens só viram depois o que Deus já havia selado antes. A própria imposição da “destra de comunhão” (Gl 2.9) não cria um ministério; apenas reconhece aquilo que Deus já formou no secreto.
Outro ponto muito importante é que Paulo não se intimidou diante dos que “pareciam ser alguma coisa” (Gl 2.6). Ele sabia quem o havia enviado. Muitos ministros de Deus podem enfrentar momentos de insegurança e até se comparar seus dons com os de outros. Porém, o Senhor te lembra: “Ninguém despreze o dom que há em ti” (1Tm 4.14) e esse ninguém inclui você mesmo. Seu ministério florescerá não porque é visto, mas porque é fiel.
Ao final, a missão é confirmada: Paulo aos gentios, Pedro aos da circuncisão (Gl 2.7–8). Cada um com sua porção, cada um com seu campo. Isso nos mostra que Deus distribui responsabilidades conforme Sua sabedoria, e não conforme preferências humanas. O importante não é ter o maior público, mas cumprir a tarefa que nos foi confiada (At 20.24), respeitando o fato de que outros, assim como você, também receberam uma missão.
O Deus que chamou Paulo é o mesmo que te chamou. A Pedra Angular, que sustenta todas as coisas, confirmou a chamada de Paulo diante daquelas “colunas” e também confirmará teu ministério no tempo oportuno e o fará transbordar para a direita e para a esquerda, pra glória do nome de Jesus! Sendo assim, viva o que diz 1Coríntios 15.58: “Sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” A Pedra Angular também te chamou para ser coluna!

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