A mensagem de transformação do Evangelho está sendo “gritada dos telhados” por pessoas que viveram anos como gay, lésbicas ou transgêneros. A “Marcha Pela Liberdade” se consolidou nos Estados Unidos como um movimento de testemunho e oração por aqueles que desejam mudar de vida e não sabem onde buscar ajuda.
Este final de semana seus membros marcharão em Los Angeles, em maio ao debate político na Califórnia sobre a proibição da “cura gay”, como apelidaram seus críticos. A situação é semelhante a do Brasil, onde psicólogos estão sendo impedidos de oferecer terapias de reversão sexual.
Jeffrey McCall, fundador do movimento, esclarece que o objetivo é ajudar as pessoas a encontrarem “sua liberdade em Cristo”.
“Eu realmente quero mandar a mensagem para a comunidade LGBTQ de que há esperança … Podemos dizer: ‘Ei, nós tínhamos o mesmo estilo de vida e saímos dele, seguimos a Cristo e há uma vida plena, completamente diferente… Uma vida que nem sabíamos que era possível. Uma vida com alegria, paz e liberdade”, disse ele à CBN News.
McCall já foi diagnosticado com disforia de gênero por um psiquiatra, e viveu muito tempo como “Scarlet”, uma mulher transgênero. Até que o amor de Deus transformou sua vida. “Um dia eu comecei a falar com Deus e nem sei de onde realmente o pensamento veio, mas dizia no meu interior: ‘Eu vou viver para você?’ Eu só queria saber “, conta.
De repente, aconteceu algo que mudou sua vida para sempre: “Ele falou comigo e todos os pensamentos em minha mente silenciaram. Ouvi-o dizer: ‘Sim, você viverá por mim’. Fiquei chocado pois o Deus de quem eu sempre ouvira falar realmente estava falando comigo.”
McCall conta que desde o momento em que veio a público falar sobre o direito à “liberdade de expressão” dos ex-LGBTs recebeu ameaças. Mas ele também foi procurado por muita gente que o agradecia, pois viviam esse problema. Ele destaca que embora poucos se dispusessem a participar da marcha em pessoa, ela teve milhares de visualizações online. Isso é um forte sinal que há muitos que sentem vontade de mudar, embora não tenham coragem de afirmar isso publicamente.
Sobreviventes
Luis Javier Ruiz e Angel Colon têm histórias semelhantes. Eles são sobreviventes do massacre na boate gay Pulse em Orlando em 2016, onde 49 pessoas foram mortas.
Colon foi baleado seis vezes, mas sobreviveu. Ruiz foi pisoteado enquanto as pessoas fugiam do clube noturno e recebeu um tiro na mão.
Criado em uma família evangélica, Luis Javier Ruiz chegou a cantar no coral de sua igreja. Levado para um hospital depois do tiroteio, parou para repensar sua vida. “Eu estava vendo as notícias na TV. Na cama do hospital, com muita dor vi os nomes dos mortos passando. Ali, Deus começou a trabalhar no meu coração. Eu poderia ter sido o número 50, mas estou vivo e tenho a chance de compartilhar minha história com o mundo. Jesus pode mudar qualquer um.”
Ruiz e Colon agora fazem parte da equipe que planejou a primeira “Marcha da liberdade” em Washington. Ela acontece neste domingo (4) em Los Angeles e já estão planejando uma próxima em Orlando em 2019.
“Acredito que há um grupo enorme que vai sair desta comunidade LGBT”, disse McCall. Seu objetivo é ver a história de redenção ser cada vez mais comum entre as pessoas que fizeram a opção e não viver mais desta maneira. “Acreditos que a Igreja tem que estar pronta para amá-los, ajudá-los e discípula-los”, encerra.
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