Mais de 1.620 pessoas foram mortas em atentados, tiroteios e esfaqueamentos em atos de terrorismo islâmico durante o Ramadã deste ano. O “mês mais sagrado” do calendário muçulmano, que se estendeu entre 27 de maio e 24 de junho
Em um vídeo divulgado na internet poucos dias antes de começar suas comemorações, líderes do Estado Islâmico convocam os muçulmanos fiéis a iniciarem o que chamam de “guerra total” contra “infiéis” do Ocidente, leia-se cristãos e judeus.
O levantamento do site conservador Breitbart dá conta que a maioria das vítimas este ano acabou sendo de islâmicos, uma vez que mortes em consequência da guerra civil da Síria foram excluídas. Há uma disputa interna entre os ramos sunita e xiita, que levou a atentados em mesquitas no Paquistão e no Parlamento do Irã.
O Estado Islâmico, ainda ativo no Iraque e na Síria, mas com presença crescente em praticamente todas as regiões do mundo, foi responsável por grande parte dessa violência.
Outros grupos jihadistas ligados ao EI, como o Boko Haram, também intensificaram sua carnificina durante as últimas semanas. Os militantes nigerianos deixaram dezenas de mortos em atentados suicidas na fronteira da Nigéria com os Camarões e procuraram infiltrar mercados e mesquitas no final do Ramadã.
Os cristãos também sofreram muito, sendo as vítimas preferenciais na maioria dos casos. O caso mais emblemático foi o fuzilamento de 29 coptas – incluindo mais várias crianças- enquanto iam para um mosteiro no Egito quando radicais islâmicos os atacaram.
A extensa lista de ataques que ocorreram em todo o mundo compilada pelo Breitbart mostra que os números impressionam, sendo três vezes maior que o mesmo período em 2016.
Este ano foram 1627 óbitos e 1724 feridos, num total de 3.351 vítimas. Em contraste, no ano passado, o número de vítimas foi de 1.150 (421 mortes e 729 feridos).
Embora esteja sujeito a questionamentos, uma vez que considera apenas os atentados divulgados pela imprensa, este Ramadã é provavelmente o mais mortífero da história moderna.
O site Religion of Peace, que mantém uma contagem permanente de atentados desde o 11 de setembro, indica números um pouco diferentes. Foram 174 ataques em 29 países, que deixaram 1595 mortos. Esse levantamento faz um contraste do número de mortos por “islamofobia” no mesmo período. Foram 2 – uma pessoa na Inglaterra atropelada na saída de uma mesquita e uma morte na Índia, causada por um hindu radical.
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