Três pesquisadores apresentarão um estudo na Georgetown University mostrando que a liberdade religiosa pode prejudicar o crescimento econômico dos países.
Para chegar a esta conclusão, Shaomin Li, da Old Dominion University, Ilan Alon, da Rollins College, e Jun Wu, da Savannah State University cruzaram os dados da Pew Research Center – que analisa a liberdade religiosa em 200 países – com dados de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e PIB per capita.
Dentro dessa pesquisa, eles avaliaram dois obstáculos: um de natureza social (relacionado a hostilidade das pessoas) e governamental (sobre leis e políticas do estado) dentro do parâmetro de liberdade religiosa, anotando se no país ter uma fé e praticá-la é ou não permitido ou se há restrições.
Os resultados apontam que a intolerância religiosa aumenta a violência e atrapalha a capacidade de um país crescer economicamente, segundo a análise social dos estudos. Porém, quando a restrição vem do estado (quando o governo restringe as atividades religiosas ou quando favorece uma ou mais religiões) o crescimento econômico é mais acelerado.
No estudo que será apresentado ainda este mês os autores comparam a pesquisa com o livre mercado em uma economia capitalista, dizendo que onde diferentes religiões competem por seguidores sem que haja uma regulação ou freio, pode haver uma guerra, situações que dentro de países com restrições governamentais não aconteceria.
“Em certas circunstâncias as restrições governamentais à religião podem exercer uma influência positiva na performance econômica, análoga a uma economia livre que é regulada de forma justa e eficiente pelo governo”, dizem os estudiosos.
“Se a religião dominante ganha tratamento preferencial do governo e algumas religiões minoritárias são discriminadas, isso seria considerado ‘liberdade de religião desenfreada’. Baseado no nosso estudo, hostilidades sociais envolvendo religião ou políticas e leis do governo que discriminam ou favorecem certas religiões são ruins para o crescimento”, disse Shaomin Li em entrevista à revista EXAME.
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