Na tarde desde domingo (14), cerca de 10
mil muçulmanos se reuniram em frente ao escritório da Google em Londres
para tentar tirar do ar definitivamente o vídeo “A inocência dos
muçulmanos”. Eles pediam ainda que qualquer crítica futura ao Islã seja
apagada do YouTube, que pertence ao Google.
Milhares de manifestantes viajaram de
países vizinhos para participar da manifestação e já anunciam um grande
marcha no Hyde Park, no centro de Londres, nas próximas semanas.
Masoud Alam, um dos organizadores que
pertence ao Fórum Muçulmano de Ação, disse: “Nossos próximos protestos
serão nos escritórios da Google e do YouTube em todo o mundo. Nós
queremos proibir este filme. Isso não é liberdade de expressão, há um
limite para isso. Este insulto ao profeta não será permitido. Vamos
continuar protestando até que esse material seja proibido”.
Um dos palestrantes, o xeque Faiz
Al-Aqtab Siddiqui, disse ao jornal Telegraph que “o terrorismo não é
apenas quando pessoas matam os corpos humanos, mas também quando se
matam sentimentos humanos. Os criadores desse filme têm aterrorizado 1,6
bilhão de pessoas. Organizações como o Google são importantes e
precisam assumir a responsabilidade de civilidade. Você não pode
simplesmente dizer que não importa, que é apenas a liberdade de
expressão. Isso é uma anarquia”.
A manifestação deste final de semana foi
a terceira em um mês no Reino Unido. Barricadas foram erguidas em
frente à sede do Google e foi erguida uma multidão de cartazes, com
frases como: “Amamos o nosso profeta mais que nossas vidas” e “Profeta
Maomé é o fundador da liberdade de expressão”.
Foi divulgado que cerca de 800 imãs
divulgaram o evento nas mesquitas de toda a Grã-Bretanha e ajudaram a
organizar o protesto, que durou quatro horas e bloqueou as ruas até
quase a entrada do Palácio de Buckingham.
Quando perguntado onde estavam as mulheres presentes no protesto, um manifestante respondeu: “Bem ao fundo”.
Um porta-voz do YouTube afirmou: “Nós
trabalhamos duro para criar uma comunidade onde todos podem aproveitar, a
qual permite que as pessoas expressem suas diferentes opiniões. Este
vídeo que está disponível em vários lugares na web, mas está claramente
dentro de nossas diretrizes e, portanto, vai permanecer no YouTube”.
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