quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Vítimas de acidente com ônibus em excursão são enterradas em Borborema, no interior paulista

Agência O Globo Agência O Globo - 1 hora atrás Velório, na madrugada desta quarta-feira, levou um quinto dos 15 mil habitantes ao ginásio municipal. © Foto: Marcos Alves/Agência O Globo Velório, na madrugada desta quarta-feira, levou um quinto dos 15 mil habitantes ao ginásio municipal. Sob forte emoção, os dois primeiros corpos das vítimas do acidente entre uma carreta e um ônibus que trazia estudantes de uma excursão a São Paulo começaram a deixar o ginásio municipal de Borborema para serem sepultados no cemitério da cidade. De acordo com a prefeitura borboremense, as professoras Márcia Carvalho Biasotto e Margarete Aparecida Lucas dos Santos serão as primeiras a serem enterradas. Ainda segundo a assessoria da prefeitura, o pedido para adiantar partiu dos familiares da professora Margarete, pois o filho da vítima, que também estava no ônibus acidentado, encontra-se internado em estado grave em um hospital de Bauru. O velório das onze vítimas, na madrugada de quarta-feira, comoveu a pequena cidade de Borborema, no interior paulista. Dos 15 mil habitantes, 3 mil, um quinto da população da cidade, prestou homenagens na cerimônia. Os mortos foram vestidos para o enterro com uniformes escolares — o acidente ocorreu quando jovens que voltavam de uma excursão escolar na capital. Três professoras e uma diretora de escola também morreram. O enterro das vítimas será nesta quarta-feira. A maioria dos mortos tinha entre 15 e 17 anos. A prefeitura da cidade decretou luto oficial de três dias. Com professores e responsáveis, os jovens, estudantes da da escola estadual Dom Gastão Liberal Pinto, haviam saído domingo de Borborema, a pouco mais de 30 quilômetros do local do acidente, para visitar a Sala São Paulo, no centro da capital. A responsável pela viagem, professora Márcia Carvalho Biasotto, da disciplina de Artes, havia conseguido viabilizar a viagem graças a um curso que fazia na Sala São Paulo e a ajuda da secretaria de Educação, que forneceu meios para contratar o transporte. Foram 111 alunos, selecionados e divididos em três ônibus para assistir pela primeira vez a um concerto regido pelo maestro da Orquestra Sinfônica de São Paulo (Osesp) no auditório da Sala São Paulo, na Capital paulista. Valdirene Martins Carvalho, docente que participou da excursão e se salvou estar em outro ônibus, afirmou que o clima entre todos era o melhor possível até chegarem à cidade e saberem do acidente. — Saímos no dia 27 à noite e chegamos pela manhã para a apresentação da Osesp. Visitamos um aquário e retornamos juntos. Na última parada é que houve o desencontro dos ônibus. Ao chegar, soubemos do acidente. Voltamos, mas a tragédia já estava consumada. Em meio à tragédia, Kaique Luiz Santos da Silva —um dos alunos que estavam no ônibus acidentado —sobreviveu porque mudou de lugar momentos antes do violento impacto arrancar a lateral direita do veículo, exatamente onde estava ao lado de seu amigo, que não teve a mesma sorte. — Mudei de lugar no trevo de Araraquara, pois estava com sono. Fui me sentar no banco atrás do motorista. Quando dei por mim, estava andando de um lado ao outro esfregando as mãos, bem próximo dos corpos dos meus amigos estendidos na beira da pista. O estudante Cristian Natan, em prantos, ainda tentava entender o que tinha acontecido com seus amigos, que jaziam em caixões na quadra do Ginásio Municipal da sua cidade. Natan relatou ainda que o clima da turma era o melhor possível. — Só me lembro da freada brusca e do barulho alto. Depois escutei gritos de socorro e fui ajudar a tirar os amigos que estavam vivos. Todos estavam cansados da viagem, mas muito felizes pela experiência de assistir a um concerto. Nossa turma havia sido elogiada pelo maestro pela educação. O acidente envolveu o ônibus e um caminhão, que, segundo testemunhas, invadiu a pista contrária, provocando o choque.

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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Vítimas de acidente com ônibus em excursão são enterradas em Borborema, no interior paulista

Agência O Globo Agência O Globo - 1 hora atrás Velório, na madrugada desta quarta-feira, levou um quinto dos 15 mil habitantes ao ginásio municipal. © Foto: Marcos Alves/Agência O Globo Velório, na madrugada desta quarta-feira, levou um quinto dos 15 mil habitantes ao ginásio municipal. Sob forte emoção, os dois primeiros corpos das vítimas do acidente entre uma carreta e um ônibus que trazia estudantes de uma excursão a São Paulo começaram a deixar o ginásio municipal de Borborema para serem sepultados no cemitério da cidade. De acordo com a prefeitura borboremense, as professoras Márcia Carvalho Biasotto e Margarete Aparecida Lucas dos Santos serão as primeiras a serem enterradas. Ainda segundo a assessoria da prefeitura, o pedido para adiantar partiu dos familiares da professora Margarete, pois o filho da vítima, que também estava no ônibus acidentado, encontra-se internado em estado grave em um hospital de Bauru. O velório das onze vítimas, na madrugada de quarta-feira, comoveu a pequena cidade de Borborema, no interior paulista. Dos 15 mil habitantes, 3 mil, um quinto da população da cidade, prestou homenagens na cerimônia. Os mortos foram vestidos para o enterro com uniformes escolares — o acidente ocorreu quando jovens que voltavam de uma excursão escolar na capital. Três professoras e uma diretora de escola também morreram. O enterro das vítimas será nesta quarta-feira. A maioria dos mortos tinha entre 15 e 17 anos. A prefeitura da cidade decretou luto oficial de três dias. Com professores e responsáveis, os jovens, estudantes da da escola estadual Dom Gastão Liberal Pinto, haviam saído domingo de Borborema, a pouco mais de 30 quilômetros do local do acidente, para visitar a Sala São Paulo, no centro da capital. A responsável pela viagem, professora Márcia Carvalho Biasotto, da disciplina de Artes, havia conseguido viabilizar a viagem graças a um curso que fazia na Sala São Paulo e a ajuda da secretaria de Educação, que forneceu meios para contratar o transporte. Foram 111 alunos, selecionados e divididos em três ônibus para assistir pela primeira vez a um concerto regido pelo maestro da Orquestra Sinfônica de São Paulo (Osesp) no auditório da Sala São Paulo, na Capital paulista. Valdirene Martins Carvalho, docente que participou da excursão e se salvou estar em outro ônibus, afirmou que o clima entre todos era o melhor possível até chegarem à cidade e saberem do acidente. — Saímos no dia 27 à noite e chegamos pela manhã para a apresentação da Osesp. Visitamos um aquário e retornamos juntos. Na última parada é que houve o desencontro dos ônibus. Ao chegar, soubemos do acidente. Voltamos, mas a tragédia já estava consumada. Em meio à tragédia, Kaique Luiz Santos da Silva —um dos alunos que estavam no ônibus acidentado —sobreviveu porque mudou de lugar momentos antes do violento impacto arrancar a lateral direita do veículo, exatamente onde estava ao lado de seu amigo, que não teve a mesma sorte. — Mudei de lugar no trevo de Araraquara, pois estava com sono. Fui me sentar no banco atrás do motorista. Quando dei por mim, estava andando de um lado ao outro esfregando as mãos, bem próximo dos corpos dos meus amigos estendidos na beira da pista. O estudante Cristian Natan, em prantos, ainda tentava entender o que tinha acontecido com seus amigos, que jaziam em caixões na quadra do Ginásio Municipal da sua cidade. Natan relatou ainda que o clima da turma era o melhor possível. — Só me lembro da freada brusca e do barulho alto. Depois escutei gritos de socorro e fui ajudar a tirar os amigos que estavam vivos. Todos estavam cansados da viagem, mas muito felizes pela experiência de assistir a um concerto. Nossa turma havia sido elogiada pelo maestro pela educação. O acidente envolveu o ônibus e um caminhão, que, segundo testemunhas, invadiu a pista contrária, provocando o choque.

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