domingo, 31 de agosto de 2014

Doença alimentar e dietas fazem mercado de produtos sem glúten crescer 30% ao ano

O mercado de produtos sem glúten cresce apoiado na necessidade dos portadores da doença celíaca — que têm intolerância a essa proteína — e no hábito de se consumir produtos mais saudáveis. O resultado é empresários do ramo faturando milhões e a expansão da oferta das mercadorias. O setor cresceu entre 20% e 30% por ano de 2009 a 2013. 
Há dez anos, a empresa Vitalin trabalha com produtos sem glúten. Os primeiros foram apenas cereais, como linhaça, quinoa, chia e amaranto. Recentemente, também lançaram uma linha que inclui cookies e granola. O presidente da companhia, Rogério Manske, explica que, no início, “o mercado eram bem tímido” com relação a essas mercadorias, mas a partir de 2011 a demanda aumentou.
— Em geral, no ano passado a gente teve um crescimento nas vendas de 65% em toda a nossa linha, que tem 29 produtos. Fechamos um faturamento de R$ 8 milhões.  

A Vitalin atende todo o País por meio dos distribuidores. Os biscoitos e cereais são vendidos em lojas de produtos naturais e também em redes de supermercados. Para 2014, a empresa prevê um avanço menor por causa do baixo crescimento do Brasil.
— Nossa expectativa era alcançar os R$ 14 milhões, em função desse cenário econômico, repensamos e queremos atingir, em cima desses R$ 8 milhões, um crescimento de 35%.

A empresa cresceu, até mesmo, além do setor. Segundo Gustavo Negrini, diretor da feira Gluten Free — que já está na sua quinta edição discutindo a problemática das alergias e intolerâncias alimentar — o segmento vem se mostrando sólido e em expansão. Ele explica que nos últimos sete anos, apenas na capital paulista, o crescimento foi de 120% nos pontos de vendas de produtos sem glúten.
Além disso, o número de expositores no evento aumentou quase dez vezes, passando de oito no primeiro ano (2010) para 55 em 2014. Para Gustavo, a melhora no diagnóstico de celíacos foi determinante neste avanço.
— Vem melhorando o diagnóstico da doença e é uma doença que não tem remédio porque você tem que interromper o consumo de glúten e passa a consumir produtos sem. O segundo ponto é uma preocupação maior com a ingestão de alimentos mais saudáveis.

 
O presidente da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais), Carlos Gouveia, acrescenta que o crescimento também vem sendo beneficiado por uma corrente de nutricionista que classifica os alimentos funcionais sem essa proteína, ou seja, aqueles que trazem algum benefício ao metabolismo do organismo, o que incentiva as pessoas que não são celíacas a incluir na dieta.
— Existe uma corrente de nutricionistas que vê no glúten um vilão. O alimento sem glúten acaba trazendo benefícios. Não posso dizer que seja um fato científico. É uma teoria que tem ganho adeptos.
Estimativas de estudos internacionais apontam que 1% da população mundial é celíaca. No Brasil, a doença já afetaria cerca de 2 milhões de pessoas.

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domingo, 31 de agosto de 2014

Doença alimentar e dietas fazem mercado de produtos sem glúten crescer 30% ao ano

O mercado de produtos sem glúten cresce apoiado na necessidade dos portadores da doença celíaca — que têm intolerância a essa proteína — e no hábito de se consumir produtos mais saudáveis. O resultado é empresários do ramo faturando milhões e a expansão da oferta das mercadorias. O setor cresceu entre 20% e 30% por ano de 2009 a 2013. 
Há dez anos, a empresa Vitalin trabalha com produtos sem glúten. Os primeiros foram apenas cereais, como linhaça, quinoa, chia e amaranto. Recentemente, também lançaram uma linha que inclui cookies e granola. O presidente da companhia, Rogério Manske, explica que, no início, “o mercado eram bem tímido” com relação a essas mercadorias, mas a partir de 2011 a demanda aumentou.
— Em geral, no ano passado a gente teve um crescimento nas vendas de 65% em toda a nossa linha, que tem 29 produtos. Fechamos um faturamento de R$ 8 milhões.  

A Vitalin atende todo o País por meio dos distribuidores. Os biscoitos e cereais são vendidos em lojas de produtos naturais e também em redes de supermercados. Para 2014, a empresa prevê um avanço menor por causa do baixo crescimento do Brasil.
— Nossa expectativa era alcançar os R$ 14 milhões, em função desse cenário econômico, repensamos e queremos atingir, em cima desses R$ 8 milhões, um crescimento de 35%.

A empresa cresceu, até mesmo, além do setor. Segundo Gustavo Negrini, diretor da feira Gluten Free — que já está na sua quinta edição discutindo a problemática das alergias e intolerâncias alimentar — o segmento vem se mostrando sólido e em expansão. Ele explica que nos últimos sete anos, apenas na capital paulista, o crescimento foi de 120% nos pontos de vendas de produtos sem glúten.
Além disso, o número de expositores no evento aumentou quase dez vezes, passando de oito no primeiro ano (2010) para 55 em 2014. Para Gustavo, a melhora no diagnóstico de celíacos foi determinante neste avanço.
— Vem melhorando o diagnóstico da doença e é uma doença que não tem remédio porque você tem que interromper o consumo de glúten e passa a consumir produtos sem. O segundo ponto é uma preocupação maior com a ingestão de alimentos mais saudáveis.

 
O presidente da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais), Carlos Gouveia, acrescenta que o crescimento também vem sendo beneficiado por uma corrente de nutricionista que classifica os alimentos funcionais sem essa proteína, ou seja, aqueles que trazem algum benefício ao metabolismo do organismo, o que incentiva as pessoas que não são celíacas a incluir na dieta.
— Existe uma corrente de nutricionistas que vê no glúten um vilão. O alimento sem glúten acaba trazendo benefícios. Não posso dizer que seja um fato científico. É uma teoria que tem ganho adeptos.
Estimativas de estudos internacionais apontam que 1% da população mundial é celíaca. No Brasil, a doença já afetaria cerca de 2 milhões de pessoas.

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