terça-feira, 30 de julho de 2013

País não está preparado para um presidente negro, diz Joaquim Barbosa

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) deu uma entrevista exclusiva à Míriam Leitão, publicada no portal do Globo deste domingo (28). Ele disse que ainda há bolsões de intolerância racial não declarados no Brasil, afirmou não ser candidato e disse que seu nome tem aparecido com relevância em pesquisas eleitorais por causa de manifestações espontâneas da população. Ao ser questionado se o Brasil está preparado para ter um presidente da República negro, Joaquim Barbosa foi enfático: “Não. Porque acho que ainda há bolsões de intolerância muito fortes e não declarados no Brasil. No momento em que um candidato negro se apresente, esses bolsões se insurgirão de maneira violenta contra esse candidato. Já há sinais disso na mídia. As investidas da Folha de S.Paulo contra mim já são um sinal”, disse. Ele também comentou que o referido jornal expôs seu filho numa entrevista de emprego, além de uma “violação brutal de sua privacidade” ao expor a compra de um imóvel nos Estados Unidos. “Tirei dinheiro da minha conta bancária, enviei o dinheiro por meios legais, previstos na legislação, declarei a compra no Imposto de Renda. Não vejo a mesma exposição da vida privada de pessoas altamente suspeitas da prática de crime”. Sobre sua exposição na mídia, Joaquim Barbosa dá a entender que sofre certa perseguição. “Há milhares de pessoas públicas no Brasil. No entanto os jornais não saem por aí expondo a vida privada dessas pessoas públicas. Pegue os últimos dez presidentes do Supremo Tribunal Federal e compare. É um erro achar que um jornal pode tudo. Os jornais e jornalistas têm limites. São esses limites que vêm sendo ultrapassados por força desse temor de que eu eventualmente me torne candidato”. Para o presidente do STF, o Estado gasta muito mal seus recursos. “Quem conhece a máquina pública brasileira, sabe que há inúmeros setores que podem ser racionalizados, podem ser diminuídos”. Ao ser questionado sobre detalhes do processo conhecido como mensalão, Barbosa disse estar impedido de falar. “Estou impedido de falar. Nos últimos meses, venho sendo objeto de ataques também por parte de uma mídia subterrânea, inclusive blogs anônimos. Só faço um alerta: a Constituição brasileira proíbe o anonimato, eu teria meios de, no momento devido, através do Judiciário, identificar quem são essas pessoas e quem as financia. Eu me permito o direito de aguardar o momento oportuno para desmascarar esses bandidos”.

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terça-feira, 30 de julho de 2013

País não está preparado para um presidente negro, diz Joaquim Barbosa

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) deu uma entrevista exclusiva à Míriam Leitão, publicada no portal do Globo deste domingo (28). Ele disse que ainda há bolsões de intolerância racial não declarados no Brasil, afirmou não ser candidato e disse que seu nome tem aparecido com relevância em pesquisas eleitorais por causa de manifestações espontâneas da população. Ao ser questionado se o Brasil está preparado para ter um presidente da República negro, Joaquim Barbosa foi enfático: “Não. Porque acho que ainda há bolsões de intolerância muito fortes e não declarados no Brasil. No momento em que um candidato negro se apresente, esses bolsões se insurgirão de maneira violenta contra esse candidato. Já há sinais disso na mídia. As investidas da Folha de S.Paulo contra mim já são um sinal”, disse. Ele também comentou que o referido jornal expôs seu filho numa entrevista de emprego, além de uma “violação brutal de sua privacidade” ao expor a compra de um imóvel nos Estados Unidos. “Tirei dinheiro da minha conta bancária, enviei o dinheiro por meios legais, previstos na legislação, declarei a compra no Imposto de Renda. Não vejo a mesma exposição da vida privada de pessoas altamente suspeitas da prática de crime”. Sobre sua exposição na mídia, Joaquim Barbosa dá a entender que sofre certa perseguição. “Há milhares de pessoas públicas no Brasil. No entanto os jornais não saem por aí expondo a vida privada dessas pessoas públicas. Pegue os últimos dez presidentes do Supremo Tribunal Federal e compare. É um erro achar que um jornal pode tudo. Os jornais e jornalistas têm limites. São esses limites que vêm sendo ultrapassados por força desse temor de que eu eventualmente me torne candidato”. Para o presidente do STF, o Estado gasta muito mal seus recursos. “Quem conhece a máquina pública brasileira, sabe que há inúmeros setores que podem ser racionalizados, podem ser diminuídos”. Ao ser questionado sobre detalhes do processo conhecido como mensalão, Barbosa disse estar impedido de falar. “Estou impedido de falar. Nos últimos meses, venho sendo objeto de ataques também por parte de uma mídia subterrânea, inclusive blogs anônimos. Só faço um alerta: a Constituição brasileira proíbe o anonimato, eu teria meios de, no momento devido, através do Judiciário, identificar quem são essas pessoas e quem as financia. Eu me permito o direito de aguardar o momento oportuno para desmascarar esses bandidos”.

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