sexta-feira, 11 de novembro de 2011

As Dimensões do Amor de Deus

Oro para que vocês possam compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento. Ef. 3:18

A ALTURA DO AMOR DE DEUS

Podemos entender o comprimento do amor de Deus como o aspecto horizontal de seu alcance. A sua altura seria o aspecto vertical. De que maneira isso se relaciona entre si e com a humanidade? Em sua célebre obra “Deus: uma biografia”, Jack Milles, polemiza ao declarar que até o profeta Isaías não se encontra nas Escrituras um Deus que ama. Argumenta: “Deus não fez aliança com Abrão por amor”; “Não livrou Israel do cativeiro por amor” etc. Um dos problemas desse pensamento é igualar ação com natureza. A natureza de Deus é amor. Ele não contém o amor e por isso age amorosamente. Ele é amor! Assim, tudo que faz é essencialmente amor. Esta é a altura do amor de Deus – de tão alto, poder-se-ia tornar inacessível aos homens. No entanto, “o verbo se fez carne e habitou entre nós” reduzindo a distancia e num simples instrumento de madeira ligando terra e céu - vertical e os homens a Deus – horizontal, deu-nos a experiência de um amor que de tão alto excede todo o conhecimento. Paulo usa uma escala de grandeza (largura, comprimento, altura, profundidade) para tornar o amor do Pai factível na realidade humana e pessoal. A partir da “altura” do amor de Deus torna-se claro a expressão do próprio apóstolo, “Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado”. O sacrifício de Cristo na cruz, tornando-se maldito, e dando prova cabal do amor de Deus é a dimensão mais alta, profunda, comprida e extensa que se pode conhecer do amor. Esta é a diferença substancial da fé que confessamos. Eis a razão de Kierkegaard afirmar: “Todas as outras religiões são indiretas: o fundador fica de lado e apresenta outro orador… o cristianismo é a única que possui um discurso direto”. Sola Gratia!

A PROFUNDIDADE DO AMOR DE DEUS

A Páscoa é um memorial, uma comemoração que visa a recordação de um fato histórico, que tem sua origem na saída do povo de Israel do Egito, cerca de 1500 anos antes de Cristo. Se a Páscoa é um memorial estabelecido por Deus, tem um significado, um simbolismo definido. Deus determinou a Moisés que fosse guardada pelos descendentes hebreus e deu uma explicação: “porque, nesse mesmo dia, tirei vossas hostes da terra do Egito”. Podemos observar que o primeiro significado da Páscoa é a libertação dos descendentes de Abraão da terra do Egito. A Páscoa não é um culto místico, de valor espiritual, de atribuição de bênçãos, mas um quadro representativo do fato de que Deus libertou o povo hebreu da escravidão do Egito. A páscoa como uma festa judaica, definitivamente não é cristã; como não são cristãs as demais festas do povo judeu. Cinqüenta dias após a páscoa, era comemorada a festa de Pentecostes e nem por isso nós a celebramos. Muito embora, reconheçamos que estas festas tenham marcado profundamente o cristianismo. Na época da páscoa Cristo morreu por nós, tornando-se o único, verdadeiro e definitivo sacrifício, como cordeiro santo e imaculado. No dia de pentecoste (cinqüenta dias após a morte do Senhor) os discípulos reunidos em Jerusalém foram visitados pelo Espírito Santo e receberam a promessa do poder do Espírito Santo para o cumprimento da missão. A nossa páscoa não é uma festa religiosa e nem uma comemoração litúrgica. Nossa páscoa é Cristo – o real significado e cumprimento da páscoa comemorada pelos hebreus rumo à terra prometida. Àquela comemoração no deserto do monte Sinai apontava para outro monte, o do Calvário. Na morte de Cristo e na sua posterior ressurreição está toda a profundidade do amor de Deus. Não propriamente pelo evento histórico em si; mas pelo efeito na vida do que crê.

O COMPRIMENTO DO AMOR DE DEUS

O comprimento do amor de Deus estende–se a todas as épocas. O comprimento do amor de Deus alcança todas as casas, famílias, raças, tempos e tribos. Sl 90:1 – “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.” O comprimento do amor de Deus encurta distância entre os irmãos, casais, pais, filhos e povos. O comprimento do amor de Deus nos alcançou. Hoje, você e eu podemos receber o amor de Deus porque Ele não foi restrito a uma geração. Atos 17:28- “Pois nele vivemos e nos movemos, e existimos… porque dele também somos geração.” Deus o Filho morreu por mim e por você. Quem poderia ter imaginado tal presente? Na época quando Martinho Lutero estava tendo a Bíblia dele impressa na Alemanha, a filha de um tipógrafo encontrou o amor de Deus. Ninguém tinha lhe falado sobre Jesus. Por Deus, ela sentia nenhuma emoção, senão o medo. Um dia, ela juntou pedaços da Escritura caídos no chão. Num papel ela achou as palavras, “Porque Deus amou o mundo de tal forma que ele deu…” O resto do versículo ainda não havia sido impresso. Mesmo assim, o que ela viu foi o bastante para comovê-la. A ideia que Deus daria qualquer coisa a moveu de medo para alegria. A mãe dela notou a mudança de atitude. Quando perguntou a causa da felicidade dela, a filha tirou o pedaço amassado de parte do versículo do seu bolso. A mãe leu e perguntou, “O que foi que ele deu?” A criança estava perplexa por um momento e depois respondeu, “Eu não sei. Mas se Ele nos amou o bastante para nos dar qualquer coisa, nós não devemos ter medo Dele”. Esta é a dimensão do amor de Deus que se entende por comprido – vai para além da nossa imaginação a fim de cumprir seus propósitos. Paulo ora pelos crentes de Éfeso para compreenderem o comprimento do amor de Cristo – além dos alcances anteriores esta face relaciona-se com o atributo da longanimidade. O amor de Deus é tão imenso que se estica, estica, estica… para se aproximar de quem está longe. É longânime! Comprido! Vai longe!

A LARGURA DO AMOR DE DEUS

Na sociedade ocidental judaico-cristã os sentimentos são hipervalorizados em detrimento da ação. O que se sente é sobremaneira mais importante do que aquilo que se faz. As consequências a este “modus vivendi” é a hipocrisia exacerbada que grassa nas relações humanas. Falar sobre o amor é “atitude” louvável e reveladora do caráter de quem fala, dizem. Mas, viver o amor em ações decisivas, concretas e relevantes é deixado a segundo plano pelo escapismo do “é difícil”, “a vida é assim mesmo” entre outros. A verdade é que não sabemos conceituar o amor, muito menos dimensioná-lo. Sempre vamos para o campo das idéias e, repito, dos sentimentos, que como o coração do homem “é mais enganoso do que todas as coisas” (cof. Jer.17). De que valeria o amor de Deus falado, comunicado e contemplado idealmente; no entanto, distante da nossa realidade, tal qual o céu está da terra? O amor de Deus é real. Mas, é real para quem? Não é absolutamente para quem ouviu falar. Não é para quem tenta entendê-lo racionalmente. O amor de Deus é real para quem o experimenta. Paulo ora para que seus filhos na fé compreendam a dimensão do amor de Deus e para que “conheçam o amor de Cristo que excede todo conhecimento”. Conhecer por provar da Palavra e da sua manifestação livre como o evento, o Espírito. A revelação bíblica expõe didaticamente o alcance do amor de Deus – que foi por Ele provado a nós – quando na cruz Cristo sacrificou-se, tornando maldito. O amor de Deus é largo. A largura é suficiente para alcançar e conquistar toda e qualquer pessoa que queira experimentar Dele!

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

As Dimensões do Amor de Deus

Oro para que vocês possam compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento. Ef. 3:18

A ALTURA DO AMOR DE DEUS

Podemos entender o comprimento do amor de Deus como o aspecto horizontal de seu alcance. A sua altura seria o aspecto vertical. De que maneira isso se relaciona entre si e com a humanidade? Em sua célebre obra “Deus: uma biografia”, Jack Milles, polemiza ao declarar que até o profeta Isaías não se encontra nas Escrituras um Deus que ama. Argumenta: “Deus não fez aliança com Abrão por amor”; “Não livrou Israel do cativeiro por amor” etc. Um dos problemas desse pensamento é igualar ação com natureza. A natureza de Deus é amor. Ele não contém o amor e por isso age amorosamente. Ele é amor! Assim, tudo que faz é essencialmente amor. Esta é a altura do amor de Deus – de tão alto, poder-se-ia tornar inacessível aos homens. No entanto, “o verbo se fez carne e habitou entre nós” reduzindo a distancia e num simples instrumento de madeira ligando terra e céu - vertical e os homens a Deus – horizontal, deu-nos a experiência de um amor que de tão alto excede todo o conhecimento. Paulo usa uma escala de grandeza (largura, comprimento, altura, profundidade) para tornar o amor do Pai factível na realidade humana e pessoal. A partir da “altura” do amor de Deus torna-se claro a expressão do próprio apóstolo, “Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado”. O sacrifício de Cristo na cruz, tornando-se maldito, e dando prova cabal do amor de Deus é a dimensão mais alta, profunda, comprida e extensa que se pode conhecer do amor. Esta é a diferença substancial da fé que confessamos. Eis a razão de Kierkegaard afirmar: “Todas as outras religiões são indiretas: o fundador fica de lado e apresenta outro orador… o cristianismo é a única que possui um discurso direto”. Sola Gratia!

A PROFUNDIDADE DO AMOR DE DEUS

A Páscoa é um memorial, uma comemoração que visa a recordação de um fato histórico, que tem sua origem na saída do povo de Israel do Egito, cerca de 1500 anos antes de Cristo. Se a Páscoa é um memorial estabelecido por Deus, tem um significado, um simbolismo definido. Deus determinou a Moisés que fosse guardada pelos descendentes hebreus e deu uma explicação: “porque, nesse mesmo dia, tirei vossas hostes da terra do Egito”. Podemos observar que o primeiro significado da Páscoa é a libertação dos descendentes de Abraão da terra do Egito. A Páscoa não é um culto místico, de valor espiritual, de atribuição de bênçãos, mas um quadro representativo do fato de que Deus libertou o povo hebreu da escravidão do Egito. A páscoa como uma festa judaica, definitivamente não é cristã; como não são cristãs as demais festas do povo judeu. Cinqüenta dias após a páscoa, era comemorada a festa de Pentecostes e nem por isso nós a celebramos. Muito embora, reconheçamos que estas festas tenham marcado profundamente o cristianismo. Na época da páscoa Cristo morreu por nós, tornando-se o único, verdadeiro e definitivo sacrifício, como cordeiro santo e imaculado. No dia de pentecoste (cinqüenta dias após a morte do Senhor) os discípulos reunidos em Jerusalém foram visitados pelo Espírito Santo e receberam a promessa do poder do Espírito Santo para o cumprimento da missão. A nossa páscoa não é uma festa religiosa e nem uma comemoração litúrgica. Nossa páscoa é Cristo – o real significado e cumprimento da páscoa comemorada pelos hebreus rumo à terra prometida. Àquela comemoração no deserto do monte Sinai apontava para outro monte, o do Calvário. Na morte de Cristo e na sua posterior ressurreição está toda a profundidade do amor de Deus. Não propriamente pelo evento histórico em si; mas pelo efeito na vida do que crê.

O COMPRIMENTO DO AMOR DE DEUS

O comprimento do amor de Deus estende–se a todas as épocas. O comprimento do amor de Deus alcança todas as casas, famílias, raças, tempos e tribos. Sl 90:1 – “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.” O comprimento do amor de Deus encurta distância entre os irmãos, casais, pais, filhos e povos. O comprimento do amor de Deus nos alcançou. Hoje, você e eu podemos receber o amor de Deus porque Ele não foi restrito a uma geração. Atos 17:28- “Pois nele vivemos e nos movemos, e existimos… porque dele também somos geração.” Deus o Filho morreu por mim e por você. Quem poderia ter imaginado tal presente? Na época quando Martinho Lutero estava tendo a Bíblia dele impressa na Alemanha, a filha de um tipógrafo encontrou o amor de Deus. Ninguém tinha lhe falado sobre Jesus. Por Deus, ela sentia nenhuma emoção, senão o medo. Um dia, ela juntou pedaços da Escritura caídos no chão. Num papel ela achou as palavras, “Porque Deus amou o mundo de tal forma que ele deu…” O resto do versículo ainda não havia sido impresso. Mesmo assim, o que ela viu foi o bastante para comovê-la. A ideia que Deus daria qualquer coisa a moveu de medo para alegria. A mãe dela notou a mudança de atitude. Quando perguntou a causa da felicidade dela, a filha tirou o pedaço amassado de parte do versículo do seu bolso. A mãe leu e perguntou, “O que foi que ele deu?” A criança estava perplexa por um momento e depois respondeu, “Eu não sei. Mas se Ele nos amou o bastante para nos dar qualquer coisa, nós não devemos ter medo Dele”. Esta é a dimensão do amor de Deus que se entende por comprido – vai para além da nossa imaginação a fim de cumprir seus propósitos. Paulo ora pelos crentes de Éfeso para compreenderem o comprimento do amor de Cristo – além dos alcances anteriores esta face relaciona-se com o atributo da longanimidade. O amor de Deus é tão imenso que se estica, estica, estica… para se aproximar de quem está longe. É longânime! Comprido! Vai longe!

A LARGURA DO AMOR DE DEUS

Na sociedade ocidental judaico-cristã os sentimentos são hipervalorizados em detrimento da ação. O que se sente é sobremaneira mais importante do que aquilo que se faz. As consequências a este “modus vivendi” é a hipocrisia exacerbada que grassa nas relações humanas. Falar sobre o amor é “atitude” louvável e reveladora do caráter de quem fala, dizem. Mas, viver o amor em ações decisivas, concretas e relevantes é deixado a segundo plano pelo escapismo do “é difícil”, “a vida é assim mesmo” entre outros. A verdade é que não sabemos conceituar o amor, muito menos dimensioná-lo. Sempre vamos para o campo das idéias e, repito, dos sentimentos, que como o coração do homem “é mais enganoso do que todas as coisas” (cof. Jer.17). De que valeria o amor de Deus falado, comunicado e contemplado idealmente; no entanto, distante da nossa realidade, tal qual o céu está da terra? O amor de Deus é real. Mas, é real para quem? Não é absolutamente para quem ouviu falar. Não é para quem tenta entendê-lo racionalmente. O amor de Deus é real para quem o experimenta. Paulo ora para que seus filhos na fé compreendam a dimensão do amor de Deus e para que “conheçam o amor de Cristo que excede todo conhecimento”. Conhecer por provar da Palavra e da sua manifestação livre como o evento, o Espírito. A revelação bíblica expõe didaticamente o alcance do amor de Deus – que foi por Ele provado a nós – quando na cruz Cristo sacrificou-se, tornando maldito. O amor de Deus é largo. A largura é suficiente para alcançar e conquistar toda e qualquer pessoa que queira experimentar Dele!

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