domingo, 6 de setembro de 2009

Mulher Você tem medo de quê?O que acontece quando os anseios femininos são expostos?

Tudo bem que as mulheres conquistaram um grande espaço desde o movimento feminista, no século XIX. Mas, ao contrário do que muitas pensam, elas não conseguiram estabelecer o ideal de “mulher-maravilha” e, ao longo dos anos, sofreram com o grau de responsabilidades implícito na teoria social do feminismo. A psicóloga Míria Ribeiro, autora do livro Mulheres Têm Medo de Quê? (MK Editora), entrega o jogo e conta sobre os anseios de milhares de pessoas que se cansaram dessa jogada pós-moderna.

Segundo Míria, o medo feminino surge justamente das pressões sociais sobre a mulher. Antes visada como um ator coadjuvante, elas passaram a exigir o papel principal. Entretanto, se a idéia foi libertá-las das amarras do machismo, este ideal contribuiu, a médio prazo, para massacrá-las ainda mais com a falsa afirmativa masculina de que “lugar de mulher é em casa”...
Ela (mulher) não estava preparada para isso ainda. Essa questão feminista traduz também uma situação preconceituosa porque age nos extremos. O mundo talvez precisou usar isso para que a mulher chegasse ao patamar de, pelo menos, ser respeitada porque existia o extremo do machismo, que a colocava como uma pessoa de segunda categoria”, lembra a psicóloga. Ela admite que o feminismo colocou a mulher como proeminente e imprescindível, o que não foi bom, visto que os gêneros opostos se completam.

Apesar de não ter sido intencional, Miria Ribeiro diz que o livro acabou servindo para “baixar a guarda” da mulher do século XXI. Durante sua carreira, ela, que avaliou centenas de casos de pacientes inseguras, conta que a mulher contemporânea é cheia de medos diante de um mundo ainda desconhecido.

”Ela recebeu uma autonomia que nunca tivera antes. Estar diante de poder escolher e fazer aquilo que quer dá um medo muito grande. Você se arrisca diante de situações que antes eram escolhidas por outra pessoa”, comenta. Para a especialista, igualar os sexos é um erro. O diferente – representado pela figura masculina – faz parte do universo feminino e, sem o homem, a existência deste universo seria impossível e vice-versa. “A história dessa mulher, esse medo, não é algo particular, é referenciado em alguma coisa...nela mesma e no homem com quem compartilha a vida”.

Para vencer os medos, em primeiro lugar, há de se admiti-los. “A idéia de ser colocada como muito forte, superior e resolvida faz com que ela não consiga resolver (seus traumas)”. Em seguida, é necessário descobrir as origens deste mal e buscar ajuda para saná-lo ou para que esse medo se transforme numa motivação. “Porque o medo também ajuda. Faz perceber que você não é auto-suficiente, que é limitada e precisa de ajuda”, conclui a psicóloga.

Nenhum comentário:

domingo, 6 de setembro de 2009

Mulher Você tem medo de quê?O que acontece quando os anseios femininos são expostos?

Tudo bem que as mulheres conquistaram um grande espaço desde o movimento feminista, no século XIX. Mas, ao contrário do que muitas pensam, elas não conseguiram estabelecer o ideal de “mulher-maravilha” e, ao longo dos anos, sofreram com o grau de responsabilidades implícito na teoria social do feminismo. A psicóloga Míria Ribeiro, autora do livro Mulheres Têm Medo de Quê? (MK Editora), entrega o jogo e conta sobre os anseios de milhares de pessoas que se cansaram dessa jogada pós-moderna.

Segundo Míria, o medo feminino surge justamente das pressões sociais sobre a mulher. Antes visada como um ator coadjuvante, elas passaram a exigir o papel principal. Entretanto, se a idéia foi libertá-las das amarras do machismo, este ideal contribuiu, a médio prazo, para massacrá-las ainda mais com a falsa afirmativa masculina de que “lugar de mulher é em casa”...
Ela (mulher) não estava preparada para isso ainda. Essa questão feminista traduz também uma situação preconceituosa porque age nos extremos. O mundo talvez precisou usar isso para que a mulher chegasse ao patamar de, pelo menos, ser respeitada porque existia o extremo do machismo, que a colocava como uma pessoa de segunda categoria”, lembra a psicóloga. Ela admite que o feminismo colocou a mulher como proeminente e imprescindível, o que não foi bom, visto que os gêneros opostos se completam.

Apesar de não ter sido intencional, Miria Ribeiro diz que o livro acabou servindo para “baixar a guarda” da mulher do século XXI. Durante sua carreira, ela, que avaliou centenas de casos de pacientes inseguras, conta que a mulher contemporânea é cheia de medos diante de um mundo ainda desconhecido.

”Ela recebeu uma autonomia que nunca tivera antes. Estar diante de poder escolher e fazer aquilo que quer dá um medo muito grande. Você se arrisca diante de situações que antes eram escolhidas por outra pessoa”, comenta. Para a especialista, igualar os sexos é um erro. O diferente – representado pela figura masculina – faz parte do universo feminino e, sem o homem, a existência deste universo seria impossível e vice-versa. “A história dessa mulher, esse medo, não é algo particular, é referenciado em alguma coisa...nela mesma e no homem com quem compartilha a vida”.

Para vencer os medos, em primeiro lugar, há de se admiti-los. “A idéia de ser colocada como muito forte, superior e resolvida faz com que ela não consiga resolver (seus traumas)”. Em seguida, é necessário descobrir as origens deste mal e buscar ajuda para saná-lo ou para que esse medo se transforme numa motivação. “Porque o medo também ajuda. Faz perceber que você não é auto-suficiente, que é limitada e precisa de ajuda”, conclui a psicóloga.

Nenhum comentário: