18 de dez. de 2025

Se tem útero, é mulher. Caso contrário, não’, diz Elon Musk

 

O debate sobre o que define uma mulher ganhou novo destaque após uma troca de mensagens envolvendo o governador de esquerda Gavin Newsom (Partido Democrata) e o empresário Elon Musk. A discussão começou quando um corte de uma entrevista de Newsom ao programa The Ezra Klein Show o mostra desejando ver mais crianças trans e acrescentando que “não há nenhum governador que tenha feito mais legislação pró-trans do que eu”.

Depois da republicação feita por um perfil ligado a Musk, o gabinete de imprensa de Newsom respondeu com a frase: “Lamentamos que sua filha o odeie, Elon”. Na sequência, Musk afirmou que ama o filho, que, segundo ele, agora atende pelo nome Vivian Jenna Wilson.

No X, Musk escreveu: “Presumo que você esteja se referindo ao meu filho, Xavier, que tem uma doença mental trágica causada pelo vírus maligno da mentalidade woke que você impõe a crianças vulneráveis”. Ele acrescentou: “Eu amo muito o Xavier e espero que ele se recupere. Minhas filhas são Azure, Exa (ela atende por Y) e Arcadia, e elas realmente me amam muito”. Em seguida, Musk fixou uma mensagem em seu perfil: “Se você tem útero, você é uma mulher. Caso contrário, você não é”.

Vírus woke

O texto também registra que o filho de Musk entrou com um pedido na Califórnia, em 2022, para mudar nome e gênero para refletir uma identidade feminina. Segundo o relato, o jovem também abandonou o sobrenome Musk e solicitou romper vínculos com o pai, afirmando que não mora mais com ele e “nem deseja ter qualquer tipo de parentesco”.

Musk afirmou que, no ano passado, foi “enganado” para permitir que um de seus filhos começasse a usar bloqueadores da puberdade para pessoas transgênero, e passou a se posicionar como crítico da agenda trans. Em uma entrevista de 2024 ao psicólogo canadense Jordan Peterson, ele criticou a transição de gênero do filho e disse que o “vírus da mentalidade woke” havia “matado” seu filho, com quem, segundo ele, estava afastado. Na mesma conversa, Musk disse que o uso de pronomes preferidos era um “pesadelo estético”.

Ainda nessa entrevista, Musk relatou que assinou documentos em meio a um período de confusão, durante a pandemia de COVID, e afirmou que teria sido pressionado a fazê-lo por alertas sobre riscos graves caso não assinasse. Ele também comentou o conceito de “deadnaming”, termo usado quando uma pessoa trans deixa de utilizar o nome de registro de nascimento. “Eu perdi meu filho, essencialmente. Chamam isso de ‘deadnaming’ por um motivo”, disse Musk. “O motivo de ser chamado de ‘deadnaming’ é porque seu filho está morto. Então, meu filho Xavier está morto, assassinado pelo vírus da mentalidade woke”.

Musk afirmou a Peterson que “prometeu destruir o vírus da mentalidade woke” e, segundo o texto, tem usado sua plataforma para criticar pautas ligadas ao transgenerismo, citando também uma campanha contra a Netflix por desenhos infantis que, na avaliação dele, promovem a chamada “ideologia de gênero”.

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