11 de dez. de 2025

Moradores protestam contra leilão de área verde na Vila Emurc, em Vitória da Conquista

 

Foto: Arquivo Interior Baiano
Foto: Arquivo Interior Baiano

A decisão da Prefeitura de Vitória da Conquista de incluir mais uma área verde no edital de leilão da Empresa Municipal de Urbanização (Emurc) reacendeu o debate sobre a escassez de espaços ambientais preservados no município. Desta vez, o alvo foi a praça da Vila Emurc, um local reconhecido pela comunidade como espaço de convivência, sombra e lazer, utilizado diariamente por famílias, crianças e tutores que passeiam com seus animais. Em uma cidade que já sofre com a falta de arborização e áreas públicas voltadas ao bem-estar, a iniciativa gerou forte reação popular.

No último sábado (06), moradores realizaram um protesto e denunciaram a falta de diálogo da gestão municipal. Segundo relatos, a área descrita como um “refúgio verde” com árvores antigas e abundantemente frequentada por pássaros, sempre recebeu manutenção da própria Prefeitura, reforçando a percepção de que se tratava de uma praça consolidada. A inclusão do terreno no leilão, sem consulta prévia à comunidade, foi considerada uma surpresa e um desrespeito aos moradores, que defendem a proteção das poucas áreas naturais ainda existentes no perímetro urbano. “São árvores cinquentenárias, um espaço vivo da comunidade. O que será delas?”, perguntou um morador de nome Sérgio que circula nas redes sociais.

Assim como ocorreu no episódio da Praça do Bem-Querer, os moradores da Vila Emurc entregaram um abaixo-assinado solicitando que o espaço fosse retirado do edital. No entanto, desta vez, a Prefeitura não atendeu o pedido. A situação reforça a crítica de especialistas e ambientalistas sobre a condução da política urbana em Vitória da Conquista: em vez de ampliar e preservar áreas verdes, fundamentais para o clima, saúde pública e qualidade de vida, o município segue desgastando seu patrimônio ambiental. Para os moradores, o recado é claro: os poucos espaços de natureza que restam continuam ameaçados pelas decisões administrativas.

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