9 de dez. de 2025

Dirigentes desabafam após rebaixamento do Ceará: “Sentimento de profunda consternação”

 Dirigentes desabafam após rebaixamento do Ceará: “Sentimento de profunda consternação”

Foto: Reprodução/Ceará SC

Horas depois da derrota por 3 a 1 para o Palmeiras e da confirmação do rebaixamento à Série B de 2026, a diretoria do Ceará concedeu coletiva no Castelão, já que o técnico Léo Condé e os jogadores, abalados, não falaram com a imprensa. Coube aos dirigentes traduzirem o impacto da queda e o clima de frustração que tomou conta do clube.

O vice-presidente Ernando Uchôa abriu a entrevista explicando a ausência do presidente João Paulo Silva e descrevendo o estado emocional da cúpula após a confirmação do descenso:

“O presidente João Paulo passou mal e está sendo atendido pelos nossos médicos, e não tem nenhuma condição de estar aqui agora nesta entrevista. Mas posso dizer que o nosso sentimento é de profunda consternação”, afirmou Ernando, visivelmente abatido.

O dirigente também fez um pedido público de desculpas ao torcedor, reconhecendo o peso do momento:

“Pedimos desculpas ao nosso torcedor, na certeza de que esse descenso não é maior que a instituição e não maior que nossa torcida. Já passamos por situações assim, e essa é mais uma amarga oportunidade para reerguermos”, disse.

Antes de encerrar, reforçou que o clube precisa reagir já pensando em 2026:

“No próximo ano devemos estar mais organizados para esse início. Não há muitas palavras a não ser um pedido de desculpas.”

Em seguida, quem tomou a palavra foi o CEO de futebol Haroldo Martins, que descreveu o rebaixamento de forma dura e emocional:

“Não tem nenhuma palavra que justifique um rebaixamento. Nenhuma justificativa cabe se o principal objetivo não foi alcançado. Sei o que o torcedor está sentindo porque eu também sinto”, declarou.

Haroldo, emocionado, rompeu o protocolo para revelar a dimensão do impacto pessoal da queda.


“Vou até quebrar o protocolo e dizer que estou sentindo como se tivesse perdido um ente querido”, desabafou, reforçando o choque do momento.

O CEO também admitiu não compreender como a campanha desmoronou na reta final apósalguns momentos bons no campeonato e até aspirando vagas por competições internacionais :
“Eu não consigo entender a tamanha crueldade de passar o campeonato inteiro de uma forma e na última rodada acontecer isso”, afirmou.

Apesar do abatimento evidente, Haroldo ressaltou que o trabalho precisa continuar imediatamente:
“O clube vai seguir, o clube tem estrutura de trabalho e vai continuar. Em 20 dias devemos pensar no elenco e no planejamento.”

A queda do Ceará provoca uma ruptura esportiva e emocional profunda no clube e em sua torcida. Agora, com as palavras da diretoria ainda ecoando no Castelão vazio, o Vozão inicia mais um processo de reconstrução, com olhar necessitado em 2026.

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