25 de dez. de 2025

Ataques em Gaza somam 405 mortos desde cessar-fogo firmado com o Hamas

 

Mesmo após a entrada em vigor do cessar-fogo acertado em 10 de outubro entre Israel e o Hamas, a violência continua a fazer vítimas na Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo grupo islâmico radical, ao menos 405 pessoas morreram em consequência de ataques israelenses desde o início da trégua.

Somente neste domingo (21), hospitais do território receberam os corpos de mais 12 vítimas. Segundo as autoridades de saúde, quatro pessoas morreram em novos ataques, enquanto outras oito tiveram seus corpos resgatados dos escombros de edificações destruídas. O número de feridos no mesmo período chegou a 1.115.

Apesar do acordo de cessar-fogo, Israel mantém o controle de cerca de 54% da Faixa de Gaza. Após a retirada das tropas para a chamada “linha amarela”, forças israelenses seguem realizando disparos quase diários contra palestinos classificados como suspeitos, segundo relatos das autoridades locais.

Genocídio em Gaza já dura mais de dois anos e balanço aponta mais de 70 mil palestinos mortos (Foto: AFP)

Além das mortes diretamente ligadas aos ataques, o colapso de prédios danificados durante a guerra também tem causado vítimas. O relatório mais recente aponta mais quatro óbitos provocados por desabamentos, elevando para 15 o total de mortos nessa situação. Muitos dos edifícios foram atingidos por bombardeios ao longo do conflito e agora cedem em razão das tempestades de inverno que atingem a região.

Mais vítimas

O Ministério da Saúde palestino alertou que ainda há um número indeterminado de vítimas soterradas ou caídas em vias públicas. Segundo a pasta, equipes de ambulância e da Defesa Civil enfrentam dificuldades para acessar diversas áreas, o que atrasa o socorro e a retirada de corpos.

Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, lançada em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, o balanço geral aponta 70.937 palestinos mortos e 171.192 feridos. Entre os sobreviventes, muitos apresentam amputações e sequelas permanentes, incluindo crianças e mulheres, agravando a crise humanitária no território.

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