
BRASÍLIA (DF) — A indicação de Jorge Messias, atual Advogado-Geral da União, para o Supremo Tribunal Federal abriu uma crise imediata no Senado. O nome enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou rejeição não só da oposição, mas também de aliados que não esconderam o incômodo com a escolha.
Segundo declarações publicadas pelo Poder360, líderes de diferentes partidos já avisaram que votarão contra Messias, criando um cenário de tensão para a sabatina.
A reação começou com Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, que atacou o critério da indicação:
“Somos contra a um presidente indicar um advogado ou um amigo seu”, afirmou.
Eduardo Girão (Novo-CE) também declarou voto contrário, lembrando que Messias foi contra a resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que proibiu médicos de realizarem a “assistolia fetal” nos casos de aborto legal em mulheres que sofreram estupro e estão com gestação acima de 22 semanas.
“Eu sou espírita e nesta causa em defesa da vida é uma premissa defender a vida desde a concepção”, disse o senador.
Hamilton Mourão (Republicanos-RS) seguiu a mesma linha e elevou o tom ao avaliar que Messias não possui os requisitos necessários para ocupar a cadeira:
Messias não tem “nem notável saber jurídico, nem conduta ilibada”.
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