A Igreja na Venezuela rejeitou a decisão do ditador Nicolás Maduro de antecipar as comemorações de Natal para 1º de outubro, destacando que a data deve ser respeitada conforme o calendário litúrgico oficial, com início em 25 de dezembro.
A Conferência Episcopal Venezuelana criticou o uso da celebração cristã para fins políticos, enfatizando que a responsabilidade de definir a forma e o momento da comemoração cabe à autoridade eclesiástica.
O anúncio de Maduro, feito como “agradecimento” ao povo venezuelano, ocorreu em um momento de crescente tensão política, incluindo um mandado de prisão contra o opositor Edmundo González Urrutia, vencedor de eleições contestadas. Para críticos, como o professor Vitelio Brustolin, a antecipação do Natal é vista como uma tentativa de desviar a atenção de questões políticas, como as acusações de fraude eleitoral.
Essa não é a primeira vez que Maduro tenta adiantar as festividades de Natal, com precedentes em 2020 e 2011. A antecipação é vista pela oposição como parte de estratégias políticas para controlar a narrativa pública no país.
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