Saddleback consagra pastoras (Foto: Reprodução/Saddleback)
Na última terça-feira (21), a Convenção Batista do Sul decidiu expulsar uma de suas maiores e mais proeminentes igrejas, a Saddleback Church, no sul da Califórnia, devido à instalação de uma mulher como pastora.
Embora essa mudança seja amplamente simbólica, já que a igreja ainda opera normalmente e seus membros não serão abertamente afetados, a expulsão de uma das igrejas mais importantes da denominação destaca a divisão interna sobre o tema da ordenação feminina.
A Convenção Batista do Sul, que tem 13 milhões de membros e 47.000 igrejas, tem servido há muito tempo como um indicador do evangelicalismo americano. A Saddleback Church foi fundada em 1980 pelo pastor Rick Warren, que construiu um perfil nacional graças em parte à postura inovadora da igreja como “sensível ao buscador”, sintonizada com as perguntas e preferências daqueles que não estão familiarizados ou desconfiam das experiências tradicionais da igreja.
A escolha do casal Andy e Stacie Wood como novos líderes da igreja foi imediatamente controversa nos círculos batistas do sul. Enquanto o pastor Wood dirige a igreja, sua esposa, Stacie Wood, serve como um “pastor de ensino”, um papel que inclui a pregação, e que muitos veem como uma violação da declaração de crenças da Convenção Batista do Sul.
A declaração afirma que “embora homens e mulheres sejam dotados para o serviço na igreja, o ofício de pastor é limitado a homens qualificados pelas Escrituras”.
Os líderes batistas do sul determinaram que cinco igrejas, incluindo a Saddleback Church, “não estão em cooperação amigável com a Convenção devido ao fato de as igrejas continuarem a ter uma mulher atuando no cargo de pastor”.
As outras quatro igrejas expulsas nas quais as mulheres servem como líderes ou pastoras seniores são: Calvary Baptist Church em Jackson, Miss.; Igreja Batista Fern Creek em Louisville, Ky.; New Faith Mission Ministry em Griffin, Ga., e St. Timothy’s Christian Baptist Church em Baltimore.
Jared Wellman, presidente do comitê executivo da convenção, afirmou em um comunicado que “essas igrejas têm sido valorizadas e cooperativas por muitos anos, e essa decisão não foi tomada levianamente. No entanto, continuamos comprometidos em defender as convicções teológicas da SBC e manter a unidade entre suas igrejas cooperantes”. Embora a Saddleback Church fosse afiliada à Convenção Batista do Sul, a igreja não usava a palavra batista em seu nome ou colocava em primeiro plano qualquer conexão com a denominação.
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