Lucas 2.21-46; 4.1-3. Ninguém está parado no universo. Estamos em movimento constante. Espiritualmente, ocorre o mesmo. Estamos subindo ou descendo (Pv 15.24). Alguns vão de “mal a pior” (2Tm 3.13), enquanto outros caminham “de força em força” (Sl 84.7), “de fé em fé” (Rm 1.17) e “de glória em glória” (2Co 3.18). Esse é o plano de Deus para nós.
Todo movimento precisa de um impulso para começar e, em muitos casos, para continuar. O que nos move, ou quem nos dirige? Qual é a base e a motivação das nossas escolhas?
1- Desejos: embora possam ser naturais, eles não são bons condutores para as nossas vidas. Não podemos fazer apenas o que queremos. Quem é guiado pelos desejos pode complicar sua existência, pois eles são incertos e não conhecem limites. Por isso precisamos de propósitos e compromissos;
2- Leis: elas são importantes e necessárias para o controle dos desejos. Contudo não são suficientes para a determinação das nossas ações. Se tivermos por princípio a prática de tudo o que a lei permite, destruiremos nossas vidas com vícios e loucuras de toda sorte. A vida do cristão segue um padrão superior, acima das leis. Precisamos ser melhores do que seria esperado de um cidadão exemplar;
3- Costumes: fazemos muitas coisas porque vimos alguém fazer, conforme o exemplo, a cultura e a tradição. O costume nos dá uma ideia de correção e normalidade, mas existem muitos pecados incorporados às práticas sociais;
4- O Espírito Santo: nos episódios de Lucas 2, enquanto várias pessoas estavam no templo para cumprir a lei (v. 22) e o costume (v. 42), Simeão foi até o local “conduzido pelo Espírito Santo” (v. 27). “Andai em Espírito e jamais cumprireis as concupiscências da carne” (Gl 5.16). Jesus também foi levado pelo Espírito ao deserto (Lc 4.1). Esse é o padrão de Deus para a condução das nossas vidas. Só assim cumpriremos a vontade do Pai. Os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8.14) e alcançarão a glória celestial.
:: Pr. Anísio Renato de Andrade
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