Trata-se de um pecado que nunca funciona sozinho, mas viabiliza a prática de muitos outros. Toda chave precisa de uma porta, que, sendo aberta, será passagem para muitas coisas. A cobiça pode parecer um simples desejo, mas é a chave que abre as portas para Satanás. Ela pode ser o pequeno princípio de uma grande desgraça.
Eva era apenas uma mulher, mas sua decisão, movida pela cobiça, abriu o caminho para a serpente. Judas não era Pilatos, mas sua cobiça abriu o processo que levaria Jesus à morte. Assim, também, governantes, aparentemente educados, cultos e bons, movidos pela cobiça, podem vender o país ao crime organizado e aos interesses internacionais.
A cobiça pode dirigir-se a vários objetos e propósitos, mas três se destacam: o poder, o sexo e o dinheiro. A cobiça abre as portas para o adultério, que pode causar um homicídio. Um abismo chama outro abismo (Sl 42.7). A cobiça pelo poder cria competições e intrigas, alimenta o ódio, separa famílias e desfaz amizades. O amor ao dinheiro, por sua vez, é a raiz de todos os males (1Tm 6.10).
Como podemos vencer a cobiça? Em primeiro lugar, precisamos reconhecer que ela existe, é perigosa e deve ser mantida sob controle. Contudo somente o poder do Espírito Santo produzirá o domínio próprio em nossos corações (Gl 5.22). Devemos pedir e permitir que Ele opere em nós.
A cobiça será vencida pela realização da vontade de Deus em nossas vidas. O problema ocorre quando queremos mais do que aquilo que Ele nos deu ou proporcionou. Que haja em nossos corações a humildade, o contentamento e, principalmente, a obediência ao mandamento que diz: “Não cobiçarás” (Êx 20.17).
:: Pr. Anísio Renato de Andrade
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