Somente nos primeiros quatro meses de 2019, parceiros locais da Portas Abertas no Nepal registraram 36 incidentes de perseguição a cristãos.
Entre eles, seis casos de pessoas que foram obrigadas a deixar sua casa, três casos de boicote social, quatro de abuso físico e dois de detenção.
Tudo isso por um único motivo: a fé cristã. Houve também casos de fake news e discurso de ódio contra cristãos.
Um parceiro local da Portas Abertas no Nepal explica que esses números ainda não dão conta do quadro geral, pois a comunicação e viagens dentro do país são muito difíceis.
Há muitos lugares remotos e não alcançados onde pessoas enfrentam perseguição por seguir a Cristo. Assim, é muito difícil ter informação desses lugares.
“Mas uma coisa é certa: a maioria das pessoas que se convertem a Cristo e anunciam isso publicamente são marginalizadas pela sociedade de imediato porque a comunidade acredita que a conversão seja uma violação da sua fé tradicional”, observa.
Além da pressão social e violência, recentes casos de prisões de cristãos por proselitismo exemplificam os perigos que os cristãos do país enfrentam, sobretudo os que querem declarar a fé abertamente.
O código penal do Nepal proíbe conversão religiosa forçada e proselitismo. Os que forem considerados culpados de tais ofensas podem ser presos por cinco anos e multados em 50 mil rúpias nepalesas (o equivalente a cerca de 1.770 reais).
Essa lei, promulgada dois anos atrás, está sendo implementada agora e usada contra cristãos que falam sobre o cristianismo ou que têm alguma organização não governamental entre os pobres.
O Nepal é um país de maioria hindu que ocupa a 32ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019 e os cristãos do país contam com as orações da igreja livre para que prevaleçam diante das adversidades.
Os grupos radicais hindus querem transformar o Nepal em um Estado hinduísta novamente, sendo esta a principal fonte de perseguição aos cristãos no país.
Fonte: Portas Abertas
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