segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Dialeto secreto de gays e travestis' é abordado em questão do Enem

Questão do Enem abordou 'dialeto secreto dos gays e travestis'. (Foto: Reprodução)
Questão do Enem abordou 'dialeto secreto dos gays e travestis'. (Foto: Reprodução)
Cerca de 5,5 milhões de estudantes brasileiros participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último domingo (4) e, como ocorrido em edições anteriores, a prova veio com questões carregadas de doutrinação ideológica. Desta vez, o 'dialeto secreto dos gays e travestis' foi abordado.
O assunto estava entre as 45 questões da área de linguagem, que abrange conhecimentos de língua portuguesa, literatura e outros idiomas, como inglês e espanhol. Os estudantes tiveram que responder a questão controversa, valendo pontuação na prova.
"'Nhai, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!' Entendeu as palavras desta frase? Se sim, é porque você manja alguma coisa de pajubá, o 'dialeto secreto' dos gays e travestis", propunha o texto do Midiamax, utilizado para a introdução da questão.
Segundo o professor Eduardo Valladares, a questão que pedia que os candidatos decodificassem o que era dito, poderia ser respondida pelos alunos que "lêem bastante".
"A prova não fugiu do padrão e trouxe uma cobrança perto do que é esperado. O aluno que lê bastante, está acostumado a essa cobrança do Enem e fez boa prova", afirmou.
A questão foi duramente repudiada nas redes sociais, como algo "desnecessário" e um "desserviço" à educação.
"E o Ministério da Educação 'causando', mais uma vez, no ENEM. Tantos dialetos e colocaram um termo gay com status de dialeto? Se isto não é apologia à comunidade LGBT, não sei o que é... A escola, mais uma vez, impondo ideologias", comentou a mãe e empreendedora Teresa Neves.
Segundo o procurador e especialista em educação, Guilherme Schelb apontou, não é adequado que uma questão como esta faça parte de uma prova que ajuda a decidir sobre a entrada de estudantes de ensino médio para as universidades.
"Quando questões sobre este tema são colocadas em provas nacionais que decidem a vida profissional e acadêmica dos alunos, os professores de todo o Brasil passam a abordar o tema com seus alunos em sala de aula. RESULTADO: em 2019 as crianças e adolescentes do Brasil terão aula sobre o 'dialeto dos travestis", alertou.
Contextualização
De fato, as prioridades parecem estar invertidas na educação nacional e isto se torna mais notável a cada edição do ENEM. Segundo pesquisa recente do próprio MEC, 70% dos estudantes que concluem o Ensino Médio sequer sabem interpretar uma reportagem corretamente.
Mesmo diante deste dado, o Ministério da Educação volta sua atenção para a necessidade de que os alunos conheçam o "dialeto secreto dos gays e travestis".

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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Dialeto secreto de gays e travestis' é abordado em questão do Enem

Questão do Enem abordou 'dialeto secreto dos gays e travestis'. (Foto: Reprodução)
Questão do Enem abordou 'dialeto secreto dos gays e travestis'. (Foto: Reprodução)
Cerca de 5,5 milhões de estudantes brasileiros participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último domingo (4) e, como ocorrido em edições anteriores, a prova veio com questões carregadas de doutrinação ideológica. Desta vez, o 'dialeto secreto dos gays e travestis' foi abordado.
O assunto estava entre as 45 questões da área de linguagem, que abrange conhecimentos de língua portuguesa, literatura e outros idiomas, como inglês e espanhol. Os estudantes tiveram que responder a questão controversa, valendo pontuação na prova.
"'Nhai, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!' Entendeu as palavras desta frase? Se sim, é porque você manja alguma coisa de pajubá, o 'dialeto secreto' dos gays e travestis", propunha o texto do Midiamax, utilizado para a introdução da questão.
Segundo o professor Eduardo Valladares, a questão que pedia que os candidatos decodificassem o que era dito, poderia ser respondida pelos alunos que "lêem bastante".
"A prova não fugiu do padrão e trouxe uma cobrança perto do que é esperado. O aluno que lê bastante, está acostumado a essa cobrança do Enem e fez boa prova", afirmou.
A questão foi duramente repudiada nas redes sociais, como algo "desnecessário" e um "desserviço" à educação.
"E o Ministério da Educação 'causando', mais uma vez, no ENEM. Tantos dialetos e colocaram um termo gay com status de dialeto? Se isto não é apologia à comunidade LGBT, não sei o que é... A escola, mais uma vez, impondo ideologias", comentou a mãe e empreendedora Teresa Neves.
Segundo o procurador e especialista em educação, Guilherme Schelb apontou, não é adequado que uma questão como esta faça parte de uma prova que ajuda a decidir sobre a entrada de estudantes de ensino médio para as universidades.
"Quando questões sobre este tema são colocadas em provas nacionais que decidem a vida profissional e acadêmica dos alunos, os professores de todo o Brasil passam a abordar o tema com seus alunos em sala de aula. RESULTADO: em 2019 as crianças e adolescentes do Brasil terão aula sobre o 'dialeto dos travestis", alertou.
Contextualização
De fato, as prioridades parecem estar invertidas na educação nacional e isto se torna mais notável a cada edição do ENEM. Segundo pesquisa recente do próprio MEC, 70% dos estudantes que concluem o Ensino Médio sequer sabem interpretar uma reportagem corretamente.
Mesmo diante deste dado, o Ministério da Educação volta sua atenção para a necessidade de que os alunos conheçam o "dialeto secreto dos gays e travestis".

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