sexta-feira, 1 de junho de 2018

Maioria dos europeus se declaram cristãos, mas não frequentam a igreja

Catedral na comuna francesa de Bourg-en-Bresse é registrada vazia. (Foto: Maddin The Nations)
Catedral na comuna francesa de Bourg-en-Bresse é registrada vazia. (Foto: Maddin The Nations)
Depois de ter originado o cristianismo protestante e ser palco de grande parte da história do catolicismo, a Europa se tornou uma das regiões mais seculares do mundo. Embora a maioria dos adultos sejam batizados, muitos não se descrevem mais como cristãos.
Segundo uma pesquisa do instituto Pew Research Center, realizada em 15 países do oeste europeu, 71% dos entrevistados se identificam como cristãos atualmente, mas apenas 22% deles frequentam a igreja uma vez por mês ou mais.
No Reino Unido, por exemplo, há aproximadamente três vezes mais cristãos não praticantes (55%) do que fiéis que frequentam a igreja (18%).
A frequência à igreja pelos cristãos é mais alta na Itália (40%), Portugal (35%) e Irlanda (34%), todos países majoritariamente católicos. A frequência mais baixa de cristãos na igreja está na Suécia e Finlândia, com apenas 9% de participação.
O estudo mostra que os cristãos não praticantes não acreditam em Deus “como descrito na Bíblia”, mas sim num poder superior ou força espiritual. Por outro lado, a maioria dos cristãos que frequentam a igreja têm convicção da representação bíblica de Deus.
Além disso, a grande maioria dos cristãos não praticantes apoia o aborto e o casamento gay, enquanto os cristãos que frequentam a igreja são mais conservadores nessas questões.
A maioria dos entrevistados deixou a religião da infância por discordar das posições da igreja em questões sociais como homossexualidade e aborto ou deixaram de acreditar nos ensinamentos religiosos. Países como Espanha e Itália também citam “escândalos envolvendo instituições religiosas e líderes” como uma razão para deixar de ser cristão.
Ainda assim, um número surpreendente de cristãos não praticantes (87%) afirmam que estão educando seus filhos como “cristãos”. Já os pais que não possuem religião criam seus filhos afastados de qualquer tipo de crença.
O estudo do Pew Research Center envolveu mais de 24 mil entrevistas por telefone com adultos selecionados aleatoriamente, incluindo cerca de 12 mil cristãos não praticantes que vivem na Europa Ocidental.

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sexta-feira, 1 de junho de 2018

Maioria dos europeus se declaram cristãos, mas não frequentam a igreja

Catedral na comuna francesa de Bourg-en-Bresse é registrada vazia. (Foto: Maddin The Nations)
Catedral na comuna francesa de Bourg-en-Bresse é registrada vazia. (Foto: Maddin The Nations)
Depois de ter originado o cristianismo protestante e ser palco de grande parte da história do catolicismo, a Europa se tornou uma das regiões mais seculares do mundo. Embora a maioria dos adultos sejam batizados, muitos não se descrevem mais como cristãos.
Segundo uma pesquisa do instituto Pew Research Center, realizada em 15 países do oeste europeu, 71% dos entrevistados se identificam como cristãos atualmente, mas apenas 22% deles frequentam a igreja uma vez por mês ou mais.
No Reino Unido, por exemplo, há aproximadamente três vezes mais cristãos não praticantes (55%) do que fiéis que frequentam a igreja (18%).
A frequência à igreja pelos cristãos é mais alta na Itália (40%), Portugal (35%) e Irlanda (34%), todos países majoritariamente católicos. A frequência mais baixa de cristãos na igreja está na Suécia e Finlândia, com apenas 9% de participação.
O estudo mostra que os cristãos não praticantes não acreditam em Deus “como descrito na Bíblia”, mas sim num poder superior ou força espiritual. Por outro lado, a maioria dos cristãos que frequentam a igreja têm convicção da representação bíblica de Deus.
Além disso, a grande maioria dos cristãos não praticantes apoia o aborto e o casamento gay, enquanto os cristãos que frequentam a igreja são mais conservadores nessas questões.
A maioria dos entrevistados deixou a religião da infância por discordar das posições da igreja em questões sociais como homossexualidade e aborto ou deixaram de acreditar nos ensinamentos religiosos. Países como Espanha e Itália também citam “escândalos envolvendo instituições religiosas e líderes” como uma razão para deixar de ser cristão.
Ainda assim, um número surpreendente de cristãos não praticantes (87%) afirmam que estão educando seus filhos como “cristãos”. Já os pais que não possuem religião criam seus filhos afastados de qualquer tipo de crença.
O estudo do Pew Research Center envolveu mais de 24 mil entrevistas por telefone com adultos selecionados aleatoriamente, incluindo cerca de 12 mil cristãos não praticantes que vivem na Europa Ocidental.

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