BRASÍLIA - O presidente Michel Temer embarcou na manhã deste sábado, 1º de julho, para São Paulo, sem agenda oficial. No fim de semana, Temer pretende trabalhar na preparação de sua defesa à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O presidente é acusado de corrupção passiva com base na delação do empresário Joesley Batista, da JBS. A denúncia já está na Câmara dos Deputados, e a defesa terá dez sessões para apresentar seus argumentos.
Temer pretende se reunir, em São Paulo, com seus advogados, comandados por Antonio Cláudio Mariz.
O presidente tem pressa na entrega da defesa para que o processo seja votado o quanto antes.
Fôlego. Depois de uma semana que prometia ser das piores, com a primeira denúncia, o governo considera que termina com pontos positivos, como a aprovação da reforma trabalhista na CCJ do Senado, o encaminhamento imediato do processo para a Câmara, sem uma defesa preliminar como queria Janot, além da nomeação da primeira mulher para a PGR e as decisões favoráveis do Supremo Tribunal Federal ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Para o Planalto, Aécio pode ajudar o governo a mobilizar parte do PSDB.
Nesta sexta-feira, 30, no início da tarde, depois de se reunir com Temer, no Planalto, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, o tucano Antonio Imbassahy, e o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) seguiram para a casa de Aécio. O encontro, de acordo com assessoria de Imbassahy, foi de "cortesia".
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