quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Mais de 30 mil cristãos marcham contra as leis do aborto na Bolívia

Milhares de evangélicos e católicos tomaram as ruas de Cochabamba, na Bolívia no início desta semana, em solidariedade contra a possível descriminalização do aborto, tornando a marcha a maior manifestação pró-vida na América Latina. A comunidade cristã marchou contra os apelos recentes feitos pelo tribunal constitucional de leis de aborto do país, os quais se ratificados poderiam isentar as mulheres bolivianas, que atendem ao critério para aborto, das sanções penais. “O aborto é o crime mais cruel dos seres humanos, é o que torna isso um crime, porque é a morte de alguém indefeso”, disse Ruth Montaño, representante do Comitê Pró-Família da Igreja Evangélica na Bolívia, ao ‘La Razon’. Na Bolívia, o aborto é um crime, exceto em casos de estupro, incesto e quando a vida da gestante está em risco e só pode ser realizada com a autorização de um juiz. De acordo com organizadores da manifestação, a marcha visa também a criar uma consciência de leis pró-aborto em outros países que são “estabelecidos para controlar a população”, com a esperança de que a Bolívia possa permanecer conservadora e não seguir os mesmos passos. Em 2011, cerca de 67 mil abortos realizados de forma ilegal e insegura ocorreram na Bolívia, de acordo com o Ministério da Saúde boliviano. Essas gestações foram encerradas por causa do estupro na maioria dos casos, sendo que a violência sexual é uma epidemia no país. Atualmente, o país tem a segunda maior taxa de violência sexual na América Latina, depois do Haiti e de acordo com Marie Stopes International, uma organização sem fins lucrativos especializada na área da saúde sexual e reprodutiva, sete em cada 10 mulheres bolivianas são vítimas de violência sexual, com a maioria dos crimes cometidos por um membro da família do sexo masculino. O caso de uma menina de 12 anos de idade, de Cochabamba é o principal exemplo dessa estatística. Em 2012, um juiz concedeu-lhe o direito de encerrar sua gravidez depois que ela foi estuprada por seu padastro, causando uma grande controvérsia por aqueles que começaram a questionar as exceções em leis do aborto. Miguel Manzanera, um vigário judicial da Arquidiciocese de Cochabamba, disse que a Igreja Católica tem como objetivo ajudar as vítimas de estupro a não serem “tentadas a pensar que o aborto irá resolver o problema”, observando que eles têm opções e apoio dentro de grupos de recursos que podem fornecer apoio psicológico e moral. A marcha em Cochabamba foi uma das muitas ao longo de várias cidades que aconteceram nos últimos dias, onde milhares de pessoas se reuniram para marchar em favor de leis pró-vida. Na semana passada, as manifestações foram realizadas em Laz Paz, Santa Cruz e outras cidades. Além disso, outra manifestação ocorreu na cidade de Oruro, onde a maioria dos defensores eram católicos. “Estamos pedindo para respeitar a vida desde o início no momento da concepção”, disse Christopher Bialasik, Bispo da Diocese de Oruro, relatou InfoCatolica.com. “Esta marcha é para que os grupos que promovem a cultura da morte possam mudar a sua atitude, para que todos possamos proteger a vida de cada ser humano na Bolívia”.

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Mais de 30 mil cristãos marcham contra as leis do aborto na Bolívia

Milhares de evangélicos e católicos tomaram as ruas de Cochabamba, na Bolívia no início desta semana, em solidariedade contra a possível descriminalização do aborto, tornando a marcha a maior manifestação pró-vida na América Latina. A comunidade cristã marchou contra os apelos recentes feitos pelo tribunal constitucional de leis de aborto do país, os quais se ratificados poderiam isentar as mulheres bolivianas, que atendem ao critério para aborto, das sanções penais. “O aborto é o crime mais cruel dos seres humanos, é o que torna isso um crime, porque é a morte de alguém indefeso”, disse Ruth Montaño, representante do Comitê Pró-Família da Igreja Evangélica na Bolívia, ao ‘La Razon’. Na Bolívia, o aborto é um crime, exceto em casos de estupro, incesto e quando a vida da gestante está em risco e só pode ser realizada com a autorização de um juiz. De acordo com organizadores da manifestação, a marcha visa também a criar uma consciência de leis pró-aborto em outros países que são “estabelecidos para controlar a população”, com a esperança de que a Bolívia possa permanecer conservadora e não seguir os mesmos passos. Em 2011, cerca de 67 mil abortos realizados de forma ilegal e insegura ocorreram na Bolívia, de acordo com o Ministério da Saúde boliviano. Essas gestações foram encerradas por causa do estupro na maioria dos casos, sendo que a violência sexual é uma epidemia no país. Atualmente, o país tem a segunda maior taxa de violência sexual na América Latina, depois do Haiti e de acordo com Marie Stopes International, uma organização sem fins lucrativos especializada na área da saúde sexual e reprodutiva, sete em cada 10 mulheres bolivianas são vítimas de violência sexual, com a maioria dos crimes cometidos por um membro da família do sexo masculino. O caso de uma menina de 12 anos de idade, de Cochabamba é o principal exemplo dessa estatística. Em 2012, um juiz concedeu-lhe o direito de encerrar sua gravidez depois que ela foi estuprada por seu padastro, causando uma grande controvérsia por aqueles que começaram a questionar as exceções em leis do aborto. Miguel Manzanera, um vigário judicial da Arquidiciocese de Cochabamba, disse que a Igreja Católica tem como objetivo ajudar as vítimas de estupro a não serem “tentadas a pensar que o aborto irá resolver o problema”, observando que eles têm opções e apoio dentro de grupos de recursos que podem fornecer apoio psicológico e moral. A marcha em Cochabamba foi uma das muitas ao longo de várias cidades que aconteceram nos últimos dias, onde milhares de pessoas se reuniram para marchar em favor de leis pró-vida. Na semana passada, as manifestações foram realizadas em Laz Paz, Santa Cruz e outras cidades. Além disso, outra manifestação ocorreu na cidade de Oruro, onde a maioria dos defensores eram católicos. “Estamos pedindo para respeitar a vida desde o início no momento da concepção”, disse Christopher Bialasik, Bispo da Diocese de Oruro, relatou InfoCatolica.com. “Esta marcha é para que os grupos que promovem a cultura da morte possam mudar a sua atitude, para que todos possamos proteger a vida de cada ser humano na Bolívia”.

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