Um pedreiro encontrou na rua uma pasta
com mais de R$ 50 mil em dinheiro e cheques pré-datados na última
sexta-feira (28/09), no município de Catalão, sudoeste de Goiás.
Wellington Rodrigues Barbosa conta à
reportagem da TV Anhanguera que avistou o material quando passava com a
filha perto de uma escola particular. Ao perceber do que se tratava, ele
começou a procurar os donos para devolver a quantia em emissoras de
rádio e comércios da região.
Wellington afirma que não quis ficar com
o dinheiro e foi tentar descobrir a quem a pasta pertencia. “Fomos a
duas rádios, não tinha anúncio de perda, fomos a um estabelecimento
comercial da cidade e eles disseram que não era deles. Quando eu voltei,
o meu filho falou que já tinha conseguido localizar quem era o pessoal
dono do dinheiro”, conta o trabalhador.
Extravio
Segundo o diretor-administrativo de uma
escola particular, Adair Silva Rosa, a pasta pertence à unidade de
ensino na qual trabalha. Ele contou que a perdeu quando saiu do
estabelecimento carregando vários volumes. Na pasta extraviada estava a
movimentação financeira da escola em que trabalha. A quantia que estava
dentro da pasta estava sendo levada para um cofre e seria usada no
pagamento de despesas e investimentos no colégio.
O diretor-administrativo da escola,
Adair Silva Rosa, e o diretor pedagógico, Cesomar Costa de Almeida,
fizeram questão de ir a casa do pedreiro para agradecer. “É um gesto
digno, de muita honestidade, de muito elogio”, destaca Adair.
Para os sócios do colégio, gestos como o
de Wellington merecem ser reconhecidos. “Isso aí vai servir como lição
para muitas pessoas, de que a honestidade vale a pena”, diz Cesomar.
Consciência
Já Wellington diz se sentir tranquilo
por ter feito a coisa certa. “Para falar a verdade, esse dinheiro era o
dinheiro que eu precisava no momento, mas a honestidade fala mais alto
nestas horas. Não adiantava socorrer minha família e a minha consciência
ficar pesada”, pondera.
O pedreiro contou que precisaria de dois
anos de trabalho para ganhar uma quantia próxima da que encontrou. De
acordo com os diretores da escola, como recompensa, eles darão uma bolsa
de estudos ao filho de 13 anos de Wellington, que passará a estudar de
graça na instituição a partir do próximo ano.
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