sexta-feira, 16 de agosto de 2019

O trabalho


Foto: unsplash.com
Foto: unsplash.com
O trabalho foi criado por Deus, antes mesmo de Adão pecar (Gn 2.15). Depois da criação, começou o serviço de manutenção. Precisamos e devemos trabalhar, pois a preguiça é pecado. Entretanto o excesso de trabalho também é prejudicial. Por isso Deus estabeleceu o descanso semanal.
Salomão foi muito enfático sobre esse tema: “Melhor é a mão cheia com descanso do que ambas as mãos cheias com trabalho e aflição de espírito. […] Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e contudo não cessa do seu trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riquezas; não diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem?” (Ec 4.6,8). “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho que possa levar na sua mão” (Ec 5.15).
Quem se dedica 100% ao trabalho não tem tempo para a família nem para Deus. Há quem não constitua família exatamente por essa razão. Coloca a carreira como o sentido de sua vida. Não existe sucesso profissional ou ganho financeiro que justifique isso. A parábola da grande ceia nos ensina que alguns não entrarão no Reino dos céus por causa do trabalho. Estão muito ocupados para aceitarem o convite do Evangelho (Lc 14.18-19).
Muito preocupante também é saber que até o nosso trabalho na obra de Deus pode passar dos limites, ou conter vício em seus motivos e objetivos. Os fariseus foram repreendidos por causa do trabalho religioso que faziam (Mt 23.5,15). Marta, irmã de Lázaro, é o exemplo clássico de pessoa esforçada e trabalhadora. É provável que ela estivesse preparando alguma coisa para Jesus, mas não tinha tempo para sentar-se e ouvir Seus ensinamentos.
Não adianta trabalhar para Deus e não conhecê-Lo, como o empregado que não conhece o patrão. A igreja de Éfeso foi elogiada por suas obras e repreendida por ter deixado o primeiro amor. É provável que muitos tenham trabalhado na construção da arca de Noé, mas poucos entraram nela. Não adianta trabalhar na igreja e não ter tempo para aprender a Palavra de Deus. Não adianta fazer mil coisas para o Senhor e deixar de fazer exatamente o que Ele mandou. De que vale fazer tanto, mas não evangelizar nem ajudar os necessitados?
Tudo pode ter o seu valor, mas não podemos nos esquecer da ordem: “Ide e pregai o Evangelho”. Você pode trabalhar durante 80 anos na secretaria da igreja (e não está errado), mas pode não ter feito o que Jesus mandou. Muitas vezes estamos exercendo funções que nós mesmos inventamos apenas para o nosso próprio proveito, benefício, conforto, lucro, fama e deleite. Mais importante do que tudo isso é a nossa dedicação ao Senhor, buscando a intimidade com Ele. Maria, irmã de Marta, nos deixou seu exemplo de dedicação a Cristo, não com dinheiro ou trabalho, mas com a sua atenção. Ela foi aprovada por Jesus, que disse: “Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada”.
:: Pr. Anísio Renato de Andrade

Nenhum comentário:

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

O trabalho


Foto: unsplash.com
Foto: unsplash.com
O trabalho foi criado por Deus, antes mesmo de Adão pecar (Gn 2.15). Depois da criação, começou o serviço de manutenção. Precisamos e devemos trabalhar, pois a preguiça é pecado. Entretanto o excesso de trabalho também é prejudicial. Por isso Deus estabeleceu o descanso semanal.
Salomão foi muito enfático sobre esse tema: “Melhor é a mão cheia com descanso do que ambas as mãos cheias com trabalho e aflição de espírito. […] Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e contudo não cessa do seu trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riquezas; não diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem?” (Ec 4.6,8). “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho que possa levar na sua mão” (Ec 5.15).
Quem se dedica 100% ao trabalho não tem tempo para a família nem para Deus. Há quem não constitua família exatamente por essa razão. Coloca a carreira como o sentido de sua vida. Não existe sucesso profissional ou ganho financeiro que justifique isso. A parábola da grande ceia nos ensina que alguns não entrarão no Reino dos céus por causa do trabalho. Estão muito ocupados para aceitarem o convite do Evangelho (Lc 14.18-19).
Muito preocupante também é saber que até o nosso trabalho na obra de Deus pode passar dos limites, ou conter vício em seus motivos e objetivos. Os fariseus foram repreendidos por causa do trabalho religioso que faziam (Mt 23.5,15). Marta, irmã de Lázaro, é o exemplo clássico de pessoa esforçada e trabalhadora. É provável que ela estivesse preparando alguma coisa para Jesus, mas não tinha tempo para sentar-se e ouvir Seus ensinamentos.
Não adianta trabalhar para Deus e não conhecê-Lo, como o empregado que não conhece o patrão. A igreja de Éfeso foi elogiada por suas obras e repreendida por ter deixado o primeiro amor. É provável que muitos tenham trabalhado na construção da arca de Noé, mas poucos entraram nela. Não adianta trabalhar na igreja e não ter tempo para aprender a Palavra de Deus. Não adianta fazer mil coisas para o Senhor e deixar de fazer exatamente o que Ele mandou. De que vale fazer tanto, mas não evangelizar nem ajudar os necessitados?
Tudo pode ter o seu valor, mas não podemos nos esquecer da ordem: “Ide e pregai o Evangelho”. Você pode trabalhar durante 80 anos na secretaria da igreja (e não está errado), mas pode não ter feito o que Jesus mandou. Muitas vezes estamos exercendo funções que nós mesmos inventamos apenas para o nosso próprio proveito, benefício, conforto, lucro, fama e deleite. Mais importante do que tudo isso é a nossa dedicação ao Senhor, buscando a intimidade com Ele. Maria, irmã de Marta, nos deixou seu exemplo de dedicação a Cristo, não com dinheiro ou trabalho, mas com a sua atenção. Ela foi aprovada por Jesus, que disse: “Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada”.
:: Pr. Anísio Renato de Andrade

Nenhum comentário: