quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Em sabatina na RedeTV!, Marina Silva diz que governo Dilma acabou com credibilidade do Banco Central


A candidata Marina Silva durante a sabatina (Foto: Reprodução/RedeTV!)
A RedeTV! realizou nesta terça-feira (30) uma sabatina com a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. A candidata disse que, se eleita, seu governo vai prezar pela autonomia do Banco Central, que, segundo a política, teve sua credibilidade totalmente destruída duranteo governo de Dilma Rousseff (PT): "A responsável por tudo isso é a presidente Dilma, que levou a erosão total da credibilidade das instituições que operam a política macroeconômica do país"

Marina iniciou a entrevista comentando a linha de seu governo com relação a política externa. "Temos como princípio a defesa dos direitos humanos, a defesa da democracia, a defesa dos direitos dos povos", afirmou. A candidata disse que o Brasil "não pode legitimar a política ditatorial, que desrespeita os direitos humanos, a liberdade de expressão, a vida das pessoas.".

Conselho de Segurança da ONU

Questionada sobre a busca do Brasil por um assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Marina criticou o pensamento de segurança no país. Segundo a candidata, o Brasil deve pensar não apenas na "segurança dos ricos, das guerras, dos investimentos bélicos", mas também na "segurança do planeta". Marina criticou a decisão da presidente Dilma Rousseff (PT) de não assinar o termo de compromisso para a proteção das florestas, responsável por reduzir as emissões de C02 e evitar o avanço do aquecimento global, no último fórum climático da ONU. "O desmatamento volta a crescer, e (o governo) não está preocupado com a segurança do planeta".

Política econômica e Banco Central

Segundo Marina, a política econômica do país vai de mal a pior, citando inclusive um paradoxo, de que Dilma teria um "ex-ministro da Fazenda em exercício". A candidata citou avanços importantes nos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luis Inácio Lula da Silva (PT), mas disse estar preocupada com o governo de Dilma. "No nosso programa, estamos comprometidos a manter o tripé da política macroeconômica, a meta de inflação, a responsabilidade fiscal, a autonomia do Banco Central, o câmbio flutuante. Esse é o nosso compromisso, não vamos reinventar a roda". Sobre o perfil de seu futuro ministro da Fazenda, Marina classificou: "é ele quem vai trazer a inflação para dentro da meta e ajudar o país a crescer".

Sobre a autonomia do Banco Central, assunto que tem causado polêmica em sua campanha, Marina classificou: "A autonomia do Banco Central é uma necessidade. Se essa autonomia não tivesse sido depreciada, desacreditada no governo Dilma, fazendo com que o nosso país passasse a ser visto com a desconfiança com que é visto por países que poderiam ajudar com os investimento, nem precisaria do anúncio do Eduardo (Campos) de que iria institucionalizar a autonomia do Banco Central. A responsável por tudo isso é a presidente Dilma, que levou a erosão total da credibilidade das instituições que operam a política macroeconômica do país". Marina disse que sua equipe estuda a melhor maneira de proceder sobre o assunto, e que não teme uma possível negativa do Congresso Nacional sobre o tema.

Diálogos com todos
"Meu governo quer trabalhar com a descontrução da visão perversa da política". Marina disse que tem intenção de dialogar com todos os deputados e senadores, sem terceirizar a política, onde todos tenham voz. "A política do toma lá dá cá é uma linguagem dos governos da polarização dos últimos 20 anos. É isso o que nós vamos acabar, se Deus quiser".

Plano Nacional de Educação
O PNE pede que 10% do PIB seja investido em educação durante 10 anos e a candidata disse que irá usar uma parte destes recursos da exploração do pré-sal, não só na educação, mas também na saúde e na luta contra a corrupção. A intenção, segundo a candidata, é antecipar a meta do ensino integral em seus quatro anos de governo.

Saúde

Marina disse que a marca de seu governo deve ser a boa gestão. Incentivar as pessoas a praticarem esportes e se alimentar melhor é um bom caminho. A candidata citou uma série de atitudes que devem ser incentivadas para que a população seja mais preventiva em relação à saúde e não procure o serviço apenas quando já estiver doente. De acordo com Marina, até a educação no trânsito faz parte da saúde preventiva, assim como a segurança pública. 

Marina disse ainda que pretende manter os programas sociais e aproveitou para criticar a gestão da Petrobras, além de insistir que o BNDES só financia "meia dúzia de empresários falidos". "Vamos manter o Mais Médicos, o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida. As políticas boas são uma conquista da sociedade. O que não vamos manter é a corrupção na Petrobras, tirar o dinheiro do BNDES para meia dúzia de empresários falidos sem que esses recursos passem pelo orçamento."A sociedade quer que o investimento seja para todos", disse.

Transporte público

Questionada sobre ser contrária à política de transportes do governo federal, como a implantação do BRT, Marina rebateu: "Quem disse que eu sou contra?". A pessebista afirmou que é favorável à políticas de transporte público de qualidade, incluindo formas alternativas de transportes, inclusive com sistema não motorizados. 

A candidata criticou o governo federal, afirmando que este incentiva o uso do carro como meio de transporte, em vez de investir em meios alternativos e no transporte coletivo. Ela reafirmou sua intenção de diminuir os impostos da bicicleta, incentivando seu uso, mas disse que isso não basta, já que é necessário uma ação combinada para que as pessoas possam usufruir e começar a deixar os carros em casa. "Precisamos ter formas variadas, diferenciadas, para incentivar a mudança global".

Esgoto para todos

Com 36,5 milhões de casas ainda sem esgoto tratado nos lares do Brasil, Marina disse que é possível investir em "saneamento básico com qualidade" em quatro anos de governo. A candidata citou parcerias com cidades e governos, além de parcerias público-privadas, para ajudar no assunto. 

Ampliação do Bolsa Família

Marina cita 4 milhões de famílias que ainda não recebem o auxílio, e defende a ampliação do programa. Combinando políticas de educação com o programa, a intenção de Marina é não transformar "as filhas do Bolsa Família em mães do Bolsa Família".

O que vai fazer de diferente

Questionada sobre o que vai fazer de diferente em relação ao governo Dilma, Marina disse que pretende fazer um governo "de programa", onde a gestão pública será valorizada, melhorando a qualidade do serviço, "mantendo os acertos e corrigindo os erros".

Se for eleita

"Nós vaos fazer a governabilidade programática. Pessoas boas existem em todos os partidos, e é com eles que queremos governar" disse Marina. Citando seu histórico político, a candidata disse que pretende negociar e fazer política com os melhores, na busca por um bom governo.

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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Em sabatina na RedeTV!, Marina Silva diz que governo Dilma acabou com credibilidade do Banco Central


A candidata Marina Silva durante a sabatina (Foto: Reprodução/RedeTV!)
A RedeTV! realizou nesta terça-feira (30) uma sabatina com a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. A candidata disse que, se eleita, seu governo vai prezar pela autonomia do Banco Central, que, segundo a política, teve sua credibilidade totalmente destruída duranteo governo de Dilma Rousseff (PT): "A responsável por tudo isso é a presidente Dilma, que levou a erosão total da credibilidade das instituições que operam a política macroeconômica do país"

Marina iniciou a entrevista comentando a linha de seu governo com relação a política externa. "Temos como princípio a defesa dos direitos humanos, a defesa da democracia, a defesa dos direitos dos povos", afirmou. A candidata disse que o Brasil "não pode legitimar a política ditatorial, que desrespeita os direitos humanos, a liberdade de expressão, a vida das pessoas.".

Conselho de Segurança da ONU

Questionada sobre a busca do Brasil por um assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Marina criticou o pensamento de segurança no país. Segundo a candidata, o Brasil deve pensar não apenas na "segurança dos ricos, das guerras, dos investimentos bélicos", mas também na "segurança do planeta". Marina criticou a decisão da presidente Dilma Rousseff (PT) de não assinar o termo de compromisso para a proteção das florestas, responsável por reduzir as emissões de C02 e evitar o avanço do aquecimento global, no último fórum climático da ONU. "O desmatamento volta a crescer, e (o governo) não está preocupado com a segurança do planeta".

Política econômica e Banco Central

Segundo Marina, a política econômica do país vai de mal a pior, citando inclusive um paradoxo, de que Dilma teria um "ex-ministro da Fazenda em exercício". A candidata citou avanços importantes nos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luis Inácio Lula da Silva (PT), mas disse estar preocupada com o governo de Dilma. "No nosso programa, estamos comprometidos a manter o tripé da política macroeconômica, a meta de inflação, a responsabilidade fiscal, a autonomia do Banco Central, o câmbio flutuante. Esse é o nosso compromisso, não vamos reinventar a roda". Sobre o perfil de seu futuro ministro da Fazenda, Marina classificou: "é ele quem vai trazer a inflação para dentro da meta e ajudar o país a crescer".

Sobre a autonomia do Banco Central, assunto que tem causado polêmica em sua campanha, Marina classificou: "A autonomia do Banco Central é uma necessidade. Se essa autonomia não tivesse sido depreciada, desacreditada no governo Dilma, fazendo com que o nosso país passasse a ser visto com a desconfiança com que é visto por países que poderiam ajudar com os investimento, nem precisaria do anúncio do Eduardo (Campos) de que iria institucionalizar a autonomia do Banco Central. A responsável por tudo isso é a presidente Dilma, que levou a erosão total da credibilidade das instituições que operam a política macroeconômica do país". Marina disse que sua equipe estuda a melhor maneira de proceder sobre o assunto, e que não teme uma possível negativa do Congresso Nacional sobre o tema.

Diálogos com todos
"Meu governo quer trabalhar com a descontrução da visão perversa da política". Marina disse que tem intenção de dialogar com todos os deputados e senadores, sem terceirizar a política, onde todos tenham voz. "A política do toma lá dá cá é uma linguagem dos governos da polarização dos últimos 20 anos. É isso o que nós vamos acabar, se Deus quiser".

Plano Nacional de Educação
O PNE pede que 10% do PIB seja investido em educação durante 10 anos e a candidata disse que irá usar uma parte destes recursos da exploração do pré-sal, não só na educação, mas também na saúde e na luta contra a corrupção. A intenção, segundo a candidata, é antecipar a meta do ensino integral em seus quatro anos de governo.

Saúde

Marina disse que a marca de seu governo deve ser a boa gestão. Incentivar as pessoas a praticarem esportes e se alimentar melhor é um bom caminho. A candidata citou uma série de atitudes que devem ser incentivadas para que a população seja mais preventiva em relação à saúde e não procure o serviço apenas quando já estiver doente. De acordo com Marina, até a educação no trânsito faz parte da saúde preventiva, assim como a segurança pública. 

Marina disse ainda que pretende manter os programas sociais e aproveitou para criticar a gestão da Petrobras, além de insistir que o BNDES só financia "meia dúzia de empresários falidos". "Vamos manter o Mais Médicos, o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida. As políticas boas são uma conquista da sociedade. O que não vamos manter é a corrupção na Petrobras, tirar o dinheiro do BNDES para meia dúzia de empresários falidos sem que esses recursos passem pelo orçamento."A sociedade quer que o investimento seja para todos", disse.

Transporte público

Questionada sobre ser contrária à política de transportes do governo federal, como a implantação do BRT, Marina rebateu: "Quem disse que eu sou contra?". A pessebista afirmou que é favorável à políticas de transporte público de qualidade, incluindo formas alternativas de transportes, inclusive com sistema não motorizados. 

A candidata criticou o governo federal, afirmando que este incentiva o uso do carro como meio de transporte, em vez de investir em meios alternativos e no transporte coletivo. Ela reafirmou sua intenção de diminuir os impostos da bicicleta, incentivando seu uso, mas disse que isso não basta, já que é necessário uma ação combinada para que as pessoas possam usufruir e começar a deixar os carros em casa. "Precisamos ter formas variadas, diferenciadas, para incentivar a mudança global".

Esgoto para todos

Com 36,5 milhões de casas ainda sem esgoto tratado nos lares do Brasil, Marina disse que é possível investir em "saneamento básico com qualidade" em quatro anos de governo. A candidata citou parcerias com cidades e governos, além de parcerias público-privadas, para ajudar no assunto. 

Ampliação do Bolsa Família

Marina cita 4 milhões de famílias que ainda não recebem o auxílio, e defende a ampliação do programa. Combinando políticas de educação com o programa, a intenção de Marina é não transformar "as filhas do Bolsa Família em mães do Bolsa Família".

O que vai fazer de diferente

Questionada sobre o que vai fazer de diferente em relação ao governo Dilma, Marina disse que pretende fazer um governo "de programa", onde a gestão pública será valorizada, melhorando a qualidade do serviço, "mantendo os acertos e corrigindo os erros".

Se for eleita

"Nós vaos fazer a governabilidade programática. Pessoas boas existem em todos os partidos, e é com eles que queremos governar" disse Marina. Citando seu histórico político, a candidata disse que pretende negociar e fazer política com os melhores, na busca por um bom governo.

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