De fato, não existem semelhanças, como está escrito: “Entre os deuses, nenhum há semelhante a ti, Senhor” (Salmo 86.8), mas gostaríamos de destacar algumas diferenças marcantes.
Tomemos, por exemplo, o episódio de Êxodo 32, quando Deus falava com Moisés no monte, enquanto, lá embaixo, o bezerro de ouro permanecia no mais absoluto silêncio.
No monte, o Deus vivo e verdadeiro. No vale, um falso deus, que nem morto estava, pois nunca esteve vivo. No monte, um Deus eterno e todo poderoso. No vale, um deus impotente criado pelas mãos humanas.
No monte, o Senhor entregava suas leis, suas ordens e exigências. No vale, um deus que não manda nem exige coisa alguma. Aqui está sua aparente vantagem!
Os homens querem uma fé sem exigências, que não produza confrontos, que não exija santidade, que pregue uma liberdade absoluta, como se tal coisa existisse. O bezerro de ouro é apenas beleza e valor material, uma obra de arte inútil e abominável que ocupa o lugar de Deus. Diante dele, tudo é permitido.
Acontece que, se ele nada exige, nada tem a oferecer. O Deus do monte Sinai haveria de conduzir o seu povo à terra prometida. Quanto aos idólatras impenitentes, resta-lhe apenas a morte nas areias incandescentes do deserto.
:: Pr. Anísio Renato de Andrade
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