segunda-feira, 18 de junho de 2018

O valor da comunhão

Foto: unsplash.com
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Texto base: Salmo 133.
No princípio, Deus criou Adão e logo viu que não era bom que o homem estivesse só (Gn 2.18). Criou então a mulher, formando assim o primeiro grupo social, chamado família.
Não é da vontade do Senhor que ninguém viva isolado. Faz parte da nossa natureza o desejo de conviver com outras pessoas. Sob o ponto de vista prático, isto também é importante, pois nenhum de nós sabe tudo, nem tem capacidade plena para realizar todas as coisas. Portanto, precisamos uns dos outros. Nascemos 100% dependentes. Um bebê não sobrevive sozinho. Depois, na medida em que vamos crescendo, aprendemos a fazer muitas coisas e corremos o risco de pensar que somos autossuficientes, mas a dependência permanece em vários níveis.
Na convivência, entretanto, ficam evidentes as diferenças, como vemos na história de Caim e Abel, começando pela idade (Gn 4.1-5). As diferentes faixas etárias envolvem interesses variados, tornando a convivência difícil muitas vezes. Mas mesmo entre pessoas da mesma idade, o jeito de fazer as coisas é variado. Caim era mais velho. Abel, mais novo. O primeiro gostava de trabalhar com as plantas. O segundo preferia os animais. Na hora de prestar o culto ao Senhor, cada um tinha sua maneira particular. Estaria tudo normal, se não fossem atitudes e sentimentos conflitantes que surgem nas relações humanas, brotando da nossa natureza pecaminosa: competição, egoísmo e inveja. (Alguns tipos de competição são errados e destrutivos, como ocorre à vezes entre marido e mulher ou entre irmãos).
A relação que deveria ser o somatório das forças individuais e o compartilhamento de recursos para o bem-estar coletivo torna-se um atrito improdutivo e destrutivo. Assim, na relação de Caim e Abel surgiu o ódio que resultou no homicídio.
O propósito de Deus é que aprendamos a viver em união. Isto requer algumas atitudes positivas, mas nem sempre fáceis. Conviver, seja em casa, no trabalho, na escola, na igreja ou mesmo dentro de um ônibus, significa, em primeiro lugar, dividir o espaço. É preciso permitir que o outro tenha seu lugar e sua vez. Para conviver é preciso respeitar e compartilhar. Sob o ponto de vista pessoal, isto representa renúncia.  A convivência requer certo grau de tolerância, pois cada um de nós precisa suportar as imperfeições do outro, sabendo que também temos as nossas. Quem não suporta o outro ou quer ser totalmente independente pagará o preço da solidão.
No decorrer da vida, participamos de vários grupos, sempre em busca da realização de objetivos comuns aos seus integrantes, sabendo que, individualmente, seria difícil alcançá-los. Até entre os animais encontramos os grupos com base familiar, como ocorre com as formigas, abelhas e gafanhotos (Pv.30.27). O grupo faz surgir a necessidade de liderança (representada pelo sumo sacerdote Aarão no salmo 133) o que trará para as relações os conceitos de autoridade e submissão.
Muitas vezes, funcionamos como um motor onde, o movimento integrado de várias peças produz o atrito que pode resultar no superaquecimento e na explosão. Contudo, a lubrificação e a refrigeração impedem que esses danos ocorram.
Da mesma forma, na igreja e nos grupos que a integram, como ministérios e células, é preciso haver o óleo e a água, símbolos do Espírito Santo e da palavra de Deus. O Espírito do Senhor derrama o seu amor em nossos corações, possibilitando uma união harmoniosa e produtiva (Rm.5.5).
:: Pr. Anísio Renato de Andrade

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segunda-feira, 18 de junho de 2018

O valor da comunhão

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Texto base: Salmo 133.
No princípio, Deus criou Adão e logo viu que não era bom que o homem estivesse só (Gn 2.18). Criou então a mulher, formando assim o primeiro grupo social, chamado família.
Não é da vontade do Senhor que ninguém viva isolado. Faz parte da nossa natureza o desejo de conviver com outras pessoas. Sob o ponto de vista prático, isto também é importante, pois nenhum de nós sabe tudo, nem tem capacidade plena para realizar todas as coisas. Portanto, precisamos uns dos outros. Nascemos 100% dependentes. Um bebê não sobrevive sozinho. Depois, na medida em que vamos crescendo, aprendemos a fazer muitas coisas e corremos o risco de pensar que somos autossuficientes, mas a dependência permanece em vários níveis.
Na convivência, entretanto, ficam evidentes as diferenças, como vemos na história de Caim e Abel, começando pela idade (Gn 4.1-5). As diferentes faixas etárias envolvem interesses variados, tornando a convivência difícil muitas vezes. Mas mesmo entre pessoas da mesma idade, o jeito de fazer as coisas é variado. Caim era mais velho. Abel, mais novo. O primeiro gostava de trabalhar com as plantas. O segundo preferia os animais. Na hora de prestar o culto ao Senhor, cada um tinha sua maneira particular. Estaria tudo normal, se não fossem atitudes e sentimentos conflitantes que surgem nas relações humanas, brotando da nossa natureza pecaminosa: competição, egoísmo e inveja. (Alguns tipos de competição são errados e destrutivos, como ocorre à vezes entre marido e mulher ou entre irmãos).
A relação que deveria ser o somatório das forças individuais e o compartilhamento de recursos para o bem-estar coletivo torna-se um atrito improdutivo e destrutivo. Assim, na relação de Caim e Abel surgiu o ódio que resultou no homicídio.
O propósito de Deus é que aprendamos a viver em união. Isto requer algumas atitudes positivas, mas nem sempre fáceis. Conviver, seja em casa, no trabalho, na escola, na igreja ou mesmo dentro de um ônibus, significa, em primeiro lugar, dividir o espaço. É preciso permitir que o outro tenha seu lugar e sua vez. Para conviver é preciso respeitar e compartilhar. Sob o ponto de vista pessoal, isto representa renúncia.  A convivência requer certo grau de tolerância, pois cada um de nós precisa suportar as imperfeições do outro, sabendo que também temos as nossas. Quem não suporta o outro ou quer ser totalmente independente pagará o preço da solidão.
No decorrer da vida, participamos de vários grupos, sempre em busca da realização de objetivos comuns aos seus integrantes, sabendo que, individualmente, seria difícil alcançá-los. Até entre os animais encontramos os grupos com base familiar, como ocorre com as formigas, abelhas e gafanhotos (Pv.30.27). O grupo faz surgir a necessidade de liderança (representada pelo sumo sacerdote Aarão no salmo 133) o que trará para as relações os conceitos de autoridade e submissão.
Muitas vezes, funcionamos como um motor onde, o movimento integrado de várias peças produz o atrito que pode resultar no superaquecimento e na explosão. Contudo, a lubrificação e a refrigeração impedem que esses danos ocorram.
Da mesma forma, na igreja e nos grupos que a integram, como ministérios e células, é preciso haver o óleo e a água, símbolos do Espírito Santo e da palavra de Deus. O Espírito do Senhor derrama o seu amor em nossos corações, possibilitando uma união harmoniosa e produtiva (Rm.5.5).
:: Pr. Anísio Renato de Andrade

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