Muitas coisas podem atrair o coração dos jovens e fazer com que eles abandonem a fé. Mas, o que de fato faz com que um cristão deixe de frequentar a igreja? Eduardo Borges, pastor da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, comentou que a resposta está na parábola do semeador, que está descrita na Bíblia.
“Eu me convertia os 27 e estava cursando a faculdade de Administração. Quando entrei na igreja, nunca tive o desejo de sair. Acho que essa pergunta pode ser respondida com a parábola do semeador. Jesus disse que o ‘semeador saiu a semear’ e que as sementes caíram por esse pelo caminho”, iniciou.
“Algumas sementes caíram no caminho, mas vieram as aves e as levaram. Outras caíram em um terreno rochoso, mas não tiveram raízes profundas. E outras caíram em um terreno cheio de espinhos. Então temos que o terreno rochoso e os espinhos são os motivos para que os jovens não tenham tanta profundidade na Palavra e sejam atraídos pelo mundo”, explicou.
Para esclarecer, Eduardo Borges relaciona a parábola com os dias atuais. “O primeiro tipo ouve a Palavra, mas nem se interessa. Você convida e ele não vai”, disse ele sobre jovens cujo coração se assemelha ao solo rochoso.
“O segundo se interessa pela Palavra, mas qualquer problema que ele tem na igreja, qualquer coisa que sai do controle, ele não tem profundidade para permanecer enfrentando aqueles desafios. Obviamente quando falamos de ajuntamento de pessoas você vai ter problemas, dificuldades”, coloca.
“São pessoas que pensam de forma diferente e se você não tiver firmado na Palavra, qualquer coisa pode te tirar. Então a pessoa coloca a culpa no pastor. O outro motivo seria o pecado, é a atração pelas coisas do mundo. Bebida, sexo, drogas e relacionamentos, aceitação. Essas coisas também podem seduzir muitos jovens”, diz.
Para complementar, Giuliano Farias, pastor do Ministério Cristão Resgate, ressaltou que o líder da igreja também pode ter culpa. “Como pastor, eu preciso dizer que a igreja tem dificuldade de se comunicar com jovem. Olho para o jovem que nasceu na igreja, que são filhos de cristãos. Muitos estão interessados na boa nova do Evangelho”, pontua.
“Mas muitas vezes nós pastores nos distanciamos dessa geração, porque temos dificuldade de comunicar esse Evangelho para eles. Eu reconheço isso, é um desafio. A palavra de Deus é muito preciosa, ela não precisa mudar. Mas nós ainda estamos nos comunicando nessa geração e eles vão receber de outra forma”, salienta.
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