terça-feira, 23 de setembro de 2014

Só Deus pode salvar a República Centro-Africana, acreditam pastores

Esta semana, a Organização das Nações Unidas assumiu o controle da missão de paz na República Centro-Africano. Após nove meses desde o início dessa onda de violência que deixou mais de 5 mil mortos e forçou 300.000 a se refugiar nos países vizinhos. Chegaram ao país 1.800 soldados da ONU, que se aliaram aos 2000 soldados franceses, 5.000 membros de forças africanas, e 1.200 soldados vindos do Paquistão e de Bangladesh que já estavam ali.
Contudo, diante da crescente crise humanitária, os pastores do país acreditam que a situação está fora do controle da ONU. Um pastor que não quis se identificar por motivos de segurança, disse ao Christian Today que muitas igrejas estão dando abrigo e fornecendo alimentação aos refugiados, mas não tem sido o suficiente.
A guerra civil atual é resultante de um golpe de Estado que derrubou o presidente em março de 2013. No país cuja população é cerca de 4,6 milhões, quase metade necessita de ajuda humanitária. São cerca de 500 mil refugiados dentro do país.
“A maioria são cristãos que, infelizmente, acabam sendo ignorados quando se trata de ajuda do governo”,disse o pastor. No final do ano passado, o embaixador francês na ONU, Gerard Araud, denunciou a comissão de direitos humanos da ONU: “Cresce a cada dia a violência no país. Os muçulmanos atacaram e massacraram igrejas e cristãos. Agora, estão surgindo milícias cristãs dispostas a enfrentar com armas os muçulmanos”.
Oficialmente, a ex-colônia francesa tem 66% de cristãos e 17% de muçulmanos. Mesmo sendo minoria, os islâmicos querem instituir a sharia, e o conflito político se transformou em uma verdadeira guerra religiosa.
O pastor ouvido pelo Christian News afirma que há regiões onde os muçulmanos estão abrigados em igrejas cristãs sem serem ameaçados. Contudo, de modo geral o país está dividido por causa da religião.
“Certamente há pessoas com feridas profundas em seus corações, que não conseguem entender por que Deus permitiu que todas estas coisas aconteçam”, lamenta o pastor. “Os líderes da Igreja vão ter de trabalhar duro para restaurar a confiança de muitos dos crentes”.
O pastor conta que já houve apelos dos líderes cristãos pelo fim da violência, mas o teor político e tribal é mais forte que o religioso em muitos lugares. Ele diz que isso influenciou a maneira como as pessoas veem os cristãos, embora os líderes tenham condenado o uso de violência desde o início.
O cenário descrito por ele é de caos, pois embora os grupos tenham assinado um cessar-fogo em julho, o conflito continua. As escolas estão fechadas. Lojas e empresas também não estão mais funcionando. Os agricultores não têm nada para colher. Com a escassez de alimentos em todo o país, os preços de mercado estão subindo. Muitos passam fome, descreve o pastor.
O pastor é incisivo “A presença de tropas da ONU não vai fazer muita diferença… Só Deus pode salvar nosso país. Pedimos orações de todos os cristãos, para que essa intervenção nos dê uma chance de sairmos disso tudo”.

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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Só Deus pode salvar a República Centro-Africana, acreditam pastores

Esta semana, a Organização das Nações Unidas assumiu o controle da missão de paz na República Centro-Africano. Após nove meses desde o início dessa onda de violência que deixou mais de 5 mil mortos e forçou 300.000 a se refugiar nos países vizinhos. Chegaram ao país 1.800 soldados da ONU, que se aliaram aos 2000 soldados franceses, 5.000 membros de forças africanas, e 1.200 soldados vindos do Paquistão e de Bangladesh que já estavam ali.
Contudo, diante da crescente crise humanitária, os pastores do país acreditam que a situação está fora do controle da ONU. Um pastor que não quis se identificar por motivos de segurança, disse ao Christian Today que muitas igrejas estão dando abrigo e fornecendo alimentação aos refugiados, mas não tem sido o suficiente.
A guerra civil atual é resultante de um golpe de Estado que derrubou o presidente em março de 2013. No país cuja população é cerca de 4,6 milhões, quase metade necessita de ajuda humanitária. São cerca de 500 mil refugiados dentro do país.
“A maioria são cristãos que, infelizmente, acabam sendo ignorados quando se trata de ajuda do governo”,disse o pastor. No final do ano passado, o embaixador francês na ONU, Gerard Araud, denunciou a comissão de direitos humanos da ONU: “Cresce a cada dia a violência no país. Os muçulmanos atacaram e massacraram igrejas e cristãos. Agora, estão surgindo milícias cristãs dispostas a enfrentar com armas os muçulmanos”.
Oficialmente, a ex-colônia francesa tem 66% de cristãos e 17% de muçulmanos. Mesmo sendo minoria, os islâmicos querem instituir a sharia, e o conflito político se transformou em uma verdadeira guerra religiosa.
O pastor ouvido pelo Christian News afirma que há regiões onde os muçulmanos estão abrigados em igrejas cristãs sem serem ameaçados. Contudo, de modo geral o país está dividido por causa da religião.
“Certamente há pessoas com feridas profundas em seus corações, que não conseguem entender por que Deus permitiu que todas estas coisas aconteçam”, lamenta o pastor. “Os líderes da Igreja vão ter de trabalhar duro para restaurar a confiança de muitos dos crentes”.
O pastor conta que já houve apelos dos líderes cristãos pelo fim da violência, mas o teor político e tribal é mais forte que o religioso em muitos lugares. Ele diz que isso influenciou a maneira como as pessoas veem os cristãos, embora os líderes tenham condenado o uso de violência desde o início.
O cenário descrito por ele é de caos, pois embora os grupos tenham assinado um cessar-fogo em julho, o conflito continua. As escolas estão fechadas. Lojas e empresas também não estão mais funcionando. Os agricultores não têm nada para colher. Com a escassez de alimentos em todo o país, os preços de mercado estão subindo. Muitos passam fome, descreve o pastor.
O pastor é incisivo “A presença de tropas da ONU não vai fazer muita diferença… Só Deus pode salvar nosso país. Pedimos orações de todos os cristãos, para que essa intervenção nos dê uma chance de sairmos disso tudo”.

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