Uma das
principais escolas estaduais britânicas, a Camden School For Girls, em
Londres, baniu uma estudante muçulmana do sexto ano por usar um nicabe
para cobrir o rosto e os cabelos. A instituição recusa a adolescente a
começar um novo ano letivo se ela não abandonar a indumentária
“proibida”.
A aluna de 16 anos frequenta a mesma
escola há cinco anos. Ela deveria começar o sexto ano este mês, mas foi
impedida pela diretoria. Ao jornal “Independent”, a irmã dela, de 18
anos, criticou a decisão do colégio. “Minha irmã só quer usar o nicabe
por razões dela própria e frequentar a escola. Eu não acho que a
educação dela vai ser comprometida, a forma como ela se veste não
deveria afetar a maneira como as pessoas olham para ela”.
Mais de 700 pessoas teriam assinado uma
petição on-line chamada “Pare com a islamofobia”, em protesto contra a
atitude da escola. A pessoa que começou o abaixo-assinado no carge.org,
anonimamente, afirma que o colégio deixou a estudante usar os véus
durante algumas provas no último verão, e que ex-alunos não foram
impedidos de se vestir dessa forma no passado. “Esta escola é conhecida
por sua individualidade e por respeitar as visões feministas. Mas essa
decisão impensada contradiz isso. O que aconteceu com a liberdade de
expressão?”.
Esta não é a primeira vez que o uso de
véus para cobrir o rosto de mulheres islâmicas provoca polêmica na
Europa. Em 2010, por exemplo, uma motorista que se identificou apenas
como Anne foi multada por dirigir usando um nicabe em Nantes, na França,
onde, aliás, a indumentária que esconde a face está proibida em todo o
país.
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