quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Dilma faz de discurso na ONU um comício eleitoral



A presidente exagerou ao  falar de seus programas de governo, usando dados controversos para enaltecer seu mandato. Além de citar o Ciência Sem Fronteiras e do que fará com o dinheiro do pré-sal, ela fez auto-elogios sobre o controle da inflação, a “solidez fiscal” e outros “feitos” do seu governo.
Apesar de exaltar sua gestão, na prática segundo a última pesquisa do Ibope, a rejeição à Dilma é muito grande e o número de eleitores insatisfeitos com sua administração vem crescendo.

Eis algumas frases pronunciadas por Dilma no discurso:
“Abro este debate geral às vésperas de eleições, que vão escolher, no Brasil, o presidente da República, os governos estaduais e grande parte de nosso Poder Legislativo. Essas eleições são a celebração de uma democracia que conquistamos há quase trinta anos, depois de duas décadas de governos ditatoriais. Com ela, muito avançamos também na estabilização econômica do país”.
“Nos últimos doze anos, em particular, acrescentamos a essas conquistas a construção de uma sociedade inclusiva baseada na igualdade de oportunidades”.
“A grande transformação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária. Exigiu, ao mesmo tempo, forte participação popular, respeito aos Direitos Humanos e uma visão sustentável de nosso desenvolvimento”.
“Há poucos dias, a FAO informou que o Brasil saiu do mapa da fome. Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra nos últimos 12 anos. Com isso, reduzimos a desigualdade. Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a miséria desde 2003; 22 milhões somente no meu governo. Para esse resultado contribuíram também políticas sociais e de transferência de renda reunidas no Plano Brasil Sem Miséria”.
“Na área da saúde, logramos atingir a meta de redução da mortalidade infantil, antes do prazo estabelecido pelas Metas do Milênio. Universalizamos o acesso ao ensino fundamental. Perseguimos o mesmo objetivo no ensino médio. Estamos empenhados em aumentar sua qualidade, melhorando os currículos e valorizando o professor. O ensino técnico avançou com a criação de centenas de novas escolas e a formação e qualificação técnico-profissional de 8 milhões de jovens, nos últimos 4 anos. Houve uma expansão sem precedentes da educação superior: novas Universidades Públicas e mais de 3 milhões de alunos contemplados com bolsas e financiamentos que garantem o acesso a universidades privadas”.
“Finalmente, os desafios de construção de uma sociedade do conhecimento ensejaram a criação de um programa, o Ciência sem Fronteiras, pelo qual mais de 100 mil estudantes de pós-graduação e de graduação são enviados às melhores universidades do mundo”.
“Por iniciativa presidencial, o Congresso Nacional aprovou lei que destina 75% dos royalties e 50% do fundo de recursos do petróleo e do pré-sal para a educação e 25% para a saúde. Vamos transformar recursos finitos, não renováveis – como o petróleo e o gás – em algo perene: a educação, conhecimento científico , tecnológico e inovação. Esse será o nosso passaporte para o futuro”.
“Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade externa”.
“Assim, soubemos dar respostas à grande crise econômica mundial, deflagrada em 2008. Crise do sistema financeiro internacional, iniciada após a quebra do Lehman Brothers e, em seguida, transformada em muitos países em crise de dívidas soberanas. Resistimos às suas piores consequências: o desemprego, a redução de salários, a perda de direitos sociais e a paralisia do investimento. Continuamos a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego, mantendo investimentos em infraestrutura”.
“O Brasil saltou da 13ª posição para a 7ª maior economia do mundo e a renda per capita mais que triplicou. A desigualdade caiu. Se em 2002, mais da metade dos brasileiros era pobre ou muito pobre, hoje 3 em cada 4 brasileiros integram a classe média e os extratos superiores. No período da crise, enquanto o mundo desempregava centena de milhões de trabalhadores, o Brasil gerou 12 milhões de empregos formais”.
“Além disso, nos consolidamos como um dos principais destinos de investimentos externos. Retomamos o investimento em infraestrutura numa forte parceria com o setor privado”.
“Todos esses ganhos estão ocorrendo em ambiente de solidez fiscal. Reduzimos a dívida líquida de aproximadamente 60% para 35% do Produto Interno Bruto. A dívida externa bruta em relação ao PIB caiu de 42% para 14%”.
“As reservas internacionais foram multiplicadas por 10 e assim, nos tornamos credores internacionais”.
“A taxa de inflação anual também tem se situado nos limites da banda de variação mínima e máxima fixada pelo sistema de metas em vigor no Brasil”.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Dilma faz de discurso na ONU um comício eleitoral



A presidente exagerou ao  falar de seus programas de governo, usando dados controversos para enaltecer seu mandato. Além de citar o Ciência Sem Fronteiras e do que fará com o dinheiro do pré-sal, ela fez auto-elogios sobre o controle da inflação, a “solidez fiscal” e outros “feitos” do seu governo.
Apesar de exaltar sua gestão, na prática segundo a última pesquisa do Ibope, a rejeição à Dilma é muito grande e o número de eleitores insatisfeitos com sua administração vem crescendo.

Eis algumas frases pronunciadas por Dilma no discurso:
“Abro este debate geral às vésperas de eleições, que vão escolher, no Brasil, o presidente da República, os governos estaduais e grande parte de nosso Poder Legislativo. Essas eleições são a celebração de uma democracia que conquistamos há quase trinta anos, depois de duas décadas de governos ditatoriais. Com ela, muito avançamos também na estabilização econômica do país”.
“Nos últimos doze anos, em particular, acrescentamos a essas conquistas a construção de uma sociedade inclusiva baseada na igualdade de oportunidades”.
“A grande transformação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária. Exigiu, ao mesmo tempo, forte participação popular, respeito aos Direitos Humanos e uma visão sustentável de nosso desenvolvimento”.
“Há poucos dias, a FAO informou que o Brasil saiu do mapa da fome. Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra nos últimos 12 anos. Com isso, reduzimos a desigualdade. Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a miséria desde 2003; 22 milhões somente no meu governo. Para esse resultado contribuíram também políticas sociais e de transferência de renda reunidas no Plano Brasil Sem Miséria”.
“Na área da saúde, logramos atingir a meta de redução da mortalidade infantil, antes do prazo estabelecido pelas Metas do Milênio. Universalizamos o acesso ao ensino fundamental. Perseguimos o mesmo objetivo no ensino médio. Estamos empenhados em aumentar sua qualidade, melhorando os currículos e valorizando o professor. O ensino técnico avançou com a criação de centenas de novas escolas e a formação e qualificação técnico-profissional de 8 milhões de jovens, nos últimos 4 anos. Houve uma expansão sem precedentes da educação superior: novas Universidades Públicas e mais de 3 milhões de alunos contemplados com bolsas e financiamentos que garantem o acesso a universidades privadas”.
“Finalmente, os desafios de construção de uma sociedade do conhecimento ensejaram a criação de um programa, o Ciência sem Fronteiras, pelo qual mais de 100 mil estudantes de pós-graduação e de graduação são enviados às melhores universidades do mundo”.
“Por iniciativa presidencial, o Congresso Nacional aprovou lei que destina 75% dos royalties e 50% do fundo de recursos do petróleo e do pré-sal para a educação e 25% para a saúde. Vamos transformar recursos finitos, não renováveis – como o petróleo e o gás – em algo perene: a educação, conhecimento científico , tecnológico e inovação. Esse será o nosso passaporte para o futuro”.
“Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade externa”.
“Assim, soubemos dar respostas à grande crise econômica mundial, deflagrada em 2008. Crise do sistema financeiro internacional, iniciada após a quebra do Lehman Brothers e, em seguida, transformada em muitos países em crise de dívidas soberanas. Resistimos às suas piores consequências: o desemprego, a redução de salários, a perda de direitos sociais e a paralisia do investimento. Continuamos a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego, mantendo investimentos em infraestrutura”.
“O Brasil saltou da 13ª posição para a 7ª maior economia do mundo e a renda per capita mais que triplicou. A desigualdade caiu. Se em 2002, mais da metade dos brasileiros era pobre ou muito pobre, hoje 3 em cada 4 brasileiros integram a classe média e os extratos superiores. No período da crise, enquanto o mundo desempregava centena de milhões de trabalhadores, o Brasil gerou 12 milhões de empregos formais”.
“Além disso, nos consolidamos como um dos principais destinos de investimentos externos. Retomamos o investimento em infraestrutura numa forte parceria com o setor privado”.
“Todos esses ganhos estão ocorrendo em ambiente de solidez fiscal. Reduzimos a dívida líquida de aproximadamente 60% para 35% do Produto Interno Bruto. A dívida externa bruta em relação ao PIB caiu de 42% para 14%”.
“As reservas internacionais foram multiplicadas por 10 e assim, nos tornamos credores internacionais”.
“A taxa de inflação anual também tem se situado nos limites da banda de variação mínima e máxima fixada pelo sistema de metas em vigor no Brasil”.

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