Após 116 dias de greve, a USP (Universidade de São Paulo) retoma as aulas nesta segunda-feira (22). Na semana passada, professores e técnicos-administrativos decidiram, em assembleia, aceitar as propostas da reitoria apresentadas em reunião de conciliação mediada pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) no último dia 12.
No campus da Cidade Universitária, na zona Oeste paulistana, serão retomadas as atividades em unidades que aderiram total ou parcialmente à greve, como a FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), a ECA (Escola de Comunicações e Artes), a FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), o Instituto de Psicologia e a maioria das bibliotecas. As aulas da pós-graduação e de unidades como a Poli (Escola Politécnica) não chegaram a ser paralisadas, portanto continuam normalmente. Ao todo, a USP conta com 58 mil alunos de graduação que terão as atividades acadêmicas normalizadas.
Pelo acordo feito para o término da greve e com base em determinação do Tribunal, a USP concederá aos servidores reajuste salarial de 5,2% a ser pago em duas parcelas, abono de 28,6% do salário referente ao pagamento do reajuste retroativo à data base, e a devolução dos auxílios refeição e transporte descontados nos meses de julho e agosto, quando houve corte de ponto e benefícios dos funcionários em greve.
Quanto ao pagamentos dos dias parados, quase quatro meses, ficou estabelecido que a reposição do trabalho acumulado será feita por meio de hora-extra equivalente, no máximo, a uma hora por dia, durante 70 dias.
Professores e funcionários da Universidade Estadual Paulista (Unesp) também aprovaram o fim da greve em assembleias na última sexta-feira (19). Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), as atividades também já foram retomadas.
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