sexta-feira, 20 de junho de 2014

Reverendo Augustus Nicodemus Lopes desabafa sobre ausência de fiéis em reuniões de oração: “Igreja que não ora está fadada ao carnal”

O reverendo Augustus Nicodemus Lopes publicou um desabafo sobre a falta de participação dos fiéis em reuniões de oração, e observou que “uma Igreja que não ora está fadada a ver a prevalência do carnal e do humano no caldeirão de tensões” que é uma comunidade de fé.
Lopes, que é pastor presbiteriano, admitiu que escreveu o texto “muitos anos atrás depois de regressar de uma reunião de oração”, mas que acredita que a realidade não mudou: “Acho que ainda tem relevância”.
No texto, o reverendo diz que numa dessas reuniões, encontrou apenas dois membros na igreja, e isso o frustrou: “Senti-me desamparado”. A importância das reuniões de oração é enorme, segundo Lopes, e influencia diretamente na maneira como o pastor conduz a igreja e ministra a Palavra.
“Estou perfeitamente consciente de que sem as orações da Igreja meu preparo intelectual, meus dons e habilidades de liderar e pregar e ensinar não valem absolutamente nada. Já aprendi em minha própria vida que quando deixo de orar e buscar a Deus regularmente o meu coração endurece, a incredulidade cresce, o velho homem parece ressuscitar dentro de mim, perco a visão, a sensibilidade, a percepção espiritual das coisas. Torno-me um mero pastor guiado pela sabedoria e energia humana. Por uns instantes fiquei com inveja de [Charles] Spurgeon, que costumava gloriar-se do fato que, quando pregava, havia um grupo de mais de cem pessoas da sua Igreja reunidas numa sala ao lado do templo, intercedendo por ele em oração fervorosa. Senti-me só”, lamentou, mencionando o pregador britânico batista reformado.
As tribulações cotidianas não foram ignoradas por Lopes, que disse compreender a rotina de compromissos diversos e dificuldades que limitam a presença dos membros nas reuniões de oração: “Não quis ser injusto com os membros da minha Igreja. Há muitos jovens que estudam à noite, há outros que trabalham à noite. Há os idosos que não têm mais como sair de casa à noite. Há os que moram longe e dependem de outros para transporte. Há os doentes. Mas, mesmo assim, numa comunidade de cerca de seiscentas pessoas, somente dez a doze delas estaria realmente disponível e com condição de vir à Igreja orar numa terça a noite?”, questionou.
Por fim, Augustus Nicodemus Lopes disse que sua “única esperança e conforto é que os membros da Igreja estejam orando em suas casas, mesmo que não venham orar aqui nas terças”, e acrescentou: “Mas também esta esperança eu não tenho como comprovar”.

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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Reverendo Augustus Nicodemus Lopes desabafa sobre ausência de fiéis em reuniões de oração: “Igreja que não ora está fadada ao carnal”

O reverendo Augustus Nicodemus Lopes publicou um desabafo sobre a falta de participação dos fiéis em reuniões de oração, e observou que “uma Igreja que não ora está fadada a ver a prevalência do carnal e do humano no caldeirão de tensões” que é uma comunidade de fé.
Lopes, que é pastor presbiteriano, admitiu que escreveu o texto “muitos anos atrás depois de regressar de uma reunião de oração”, mas que acredita que a realidade não mudou: “Acho que ainda tem relevância”.
No texto, o reverendo diz que numa dessas reuniões, encontrou apenas dois membros na igreja, e isso o frustrou: “Senti-me desamparado”. A importância das reuniões de oração é enorme, segundo Lopes, e influencia diretamente na maneira como o pastor conduz a igreja e ministra a Palavra.
“Estou perfeitamente consciente de que sem as orações da Igreja meu preparo intelectual, meus dons e habilidades de liderar e pregar e ensinar não valem absolutamente nada. Já aprendi em minha própria vida que quando deixo de orar e buscar a Deus regularmente o meu coração endurece, a incredulidade cresce, o velho homem parece ressuscitar dentro de mim, perco a visão, a sensibilidade, a percepção espiritual das coisas. Torno-me um mero pastor guiado pela sabedoria e energia humana. Por uns instantes fiquei com inveja de [Charles] Spurgeon, que costumava gloriar-se do fato que, quando pregava, havia um grupo de mais de cem pessoas da sua Igreja reunidas numa sala ao lado do templo, intercedendo por ele em oração fervorosa. Senti-me só”, lamentou, mencionando o pregador britânico batista reformado.
As tribulações cotidianas não foram ignoradas por Lopes, que disse compreender a rotina de compromissos diversos e dificuldades que limitam a presença dos membros nas reuniões de oração: “Não quis ser injusto com os membros da minha Igreja. Há muitos jovens que estudam à noite, há outros que trabalham à noite. Há os idosos que não têm mais como sair de casa à noite. Há os que moram longe e dependem de outros para transporte. Há os doentes. Mas, mesmo assim, numa comunidade de cerca de seiscentas pessoas, somente dez a doze delas estaria realmente disponível e com condição de vir à Igreja orar numa terça a noite?”, questionou.
Por fim, Augustus Nicodemus Lopes disse que sua “única esperança e conforto é que os membros da Igreja estejam orando em suas casas, mesmo que não venham orar aqui nas terças”, e acrescentou: “Mas também esta esperança eu não tenho como comprovar”.

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