Os 33 homens começaram a ser retirados da mina nesta quarta-feira, pouco depois da meia-noite no horário local (mesmo horário de Brasília).
“É íncrível que a 700 metros de altura, e sem nos ver frente a frente, eles conseguiram nos recuperar. Nós fizemos um pouco de nossa parte, um pouco de loucura, esse coração de mineiro que temos, a experiência de trabalhador. Mas todo o resto se deve aos profissionais”, disse Sepúlveda.
“Estou muito feliz de estar aqui, nunca tive dúvidas sobre os profissionais que o Chile tem. Nunca duvidei disso. E em termos de fé, sempre tive fé no Criador.”
O primeiro dos mineiros a ver a superfície foi Florencio Ávalos, 31, que desembarcou da cápsula Fénix 2 após 16 minutos de trajeto.
Um dos momentos mais emocionantes foi quando ele abraçou o filho de oito anos, Byron, e a esposa, Mónica.
Ávalos foi recebido sob as palmas dos colegas, parentes e jornalistas que acompanham a operação – também testemunhada pessoalmente pelo presidente chileno, Sebastián Piñera.
Outros dos primeiros mineiros a serem resgatados foram Juan Illanes, Jimmy Sánchez e o boliviano Carlos Mamani, o único estrangeiro do grupo.
Ele foi recebido sob cânticos de “Bo-bo-bo-li-li-li-via-via-via”. Ao sair, se ajoelhou e recebeu a saudação do presidente Piñera.
“Bem-vindo à superfície, bem-vindo à vida”, disse Piñera.
“Obrigado Chile, obrigado mundo, a Bolívia manda um abraço a partir do acampamento Esperança”, agradeceu Mamani.
Os homens que iniciaram a subida foram escolhidos para encabeçar a lista por serem os mais fortes do grupo – logo, estariam mais capacitado para lidar com eventuais dificuldades no trajeto.
Entretanto, nenhum problema foi registrado antes da operação. Pouco menos de uma hora antes de o resgate começar, um técnico desceu até o local onde estão os mineiros, analisou o estado do túnel e deu o aval para o início do salvamento.
Resgate está sendo acompanhado ao vivo pela mídia global
Apesar da atenção da mídia, que deslocou mais de mil jornalistas para a mina, Sepúlveda disse que não quer ser tratado de forma diferenciada.
“Não quero que me tratem como artista ou como animador, mas como Mário Sepúlveda mineiro. Nasci para morrer no batente”, disse.
“Acho que tive uma sorte extraordinária. Enfrentei muitas situações, essa foi a mais dura.”
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