Santa Catarina tem a maior sobra de homens solteiros. Para cada 100 mulheres solteiras existem 122 homens na mesma condição.
Segundo Maria Lucia Vieira, gerente da pesquisa, uma das explicações é o fato de o Sul ter taxas de fecundidade mais baixas: "Como geralmente nascem mais homens do que mulheres, a diferença se torna mais evidente".
Os Estados que aparecem a seguir no "ranking" são Tocantins, Mato Grosso e Espírito Santo. Na média do país, para cada grupo de 100 mulheres solteiras existem 105 homens com o mesmo estado civil. Em todo o país, os solteiros somam 62,285 milhões: 31,940 milhões são homens e 30,345 são mulheres.
O Distrito Federal é destaque na contramão dessa tendência. Para cada 100 solteiras faltam mais de 9 homens disponíveis. Integram o grupo Piauí, Pernambuco, Roraima, Ceará e Rio de Janeiro.
No Rio há 99,55 homens para cada 100 solteiras. Para Vieira, o Rio sofre com o envelhecimento da população e com a violência, que leva à morte precoce de parte da população masculina.
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Quadro:Folha de São Paulo. Clique para ampliar |
Segundo a Pnad, 34,6% dos domicílios contam com dois moradores ou com um único morador. Os casados representam 45,8% da população de 15 anos ou mais, e os solteiros, 42,8% desse grupo.
Elas dizem que falta qualidade na oferta
A artista plástica paulistana Joana Stefanutto de 28 anos continua solteira. E não é por falta de homens, já que o Estado de São Paulo é um dos 21 em que a população masculina solteira é mais numerosa que a feminina. “Está difícil encontrar alguém com companheirismo e respeito, aqueles princípios antigos do relacionamento”, reclama.
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Da esquerda para a direita: Melissa Rodrigues,Thayse Lopes, Patrícia Milhomem e Luiza Lima. |
Carolina Barbieri, 24 anos, é vendedora e está no mesmo barco. “A maioria das minhas amigas têm namorados, mas eles não têm pretensão de casamento. Comigo não, só namoro se for para me casar.”
Em Brasília, ao contrário de São Paulo, sobra mulheres. Solteiras, as consultoras financeiras Thayse Lopes, 23 anos, Luiza Lima, 28 anos, Patrícia Milhomem, 30 anos e Melissa Rodrigues, 31 anos reclamam. “Os homens daqui estão preguiçosos, acomodados. Sabem que sobram garotas e não se preocupam com a conquista”, diz Luiza. “É supercomplicado para nós”, afirma Melissa.
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