O ditador russo Vladimir Putin fez um forte alerta à OTAN e seus líderes sobre as possíveis consequências de permitir que a Ucrânia use mísseis de longo alcance de fabricação ocidental para atingir alvos dentro da Rússia. Putin indicou que tal decisão colocaria os países da OTAN, incluindo os Estados Unidos e as nações europeias, em uma situação de guerra aberta com a Rússia.
O presidente dos EUA, Joe Biden, respondeu de forma desdenhosa à ameaça de Putin, afirmando após um encontro com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer que “não pensa muito em Vladimir Putin” e ressaltou que “Putin não prevalecerá nesta guerra”.
Além disso, Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, intensificou a retórica ao afirmar que uma eventual decisão da OTAN de autorizar o uso de mísseis pela Ucrânia poderia levar a Rússia a considerar o uso de armas nucleares, advertindo que Kiev poderia ser transformada em um “ponto cinzento derretido”.
Há indícios de que tanto os EUA quanto a OTAN podem estar reconsiderando sua política sobre o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, deu sinais de uma possível mudança de postura em sua recente visita a Kiev, e o chefe do comitê militar da OTAN, Almirante Rob Bauer, apoiou a justificativa legal e militar da Ucrânia para lançar tais armas contra a Rússia, afirmando que “toda nação tem o direito de se defender”, inclusive além de suas fronteiras.
No entanto, o governo Biden parece estar cauteloso, com o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, sublinhando que há vários fatores a serem considerados antes de fornecer essa capacidade à Ucrânia. Além disso, relatos indicam que um dos objetivos da visita de Keir Starmer a Washington pode ter sido obter a aprovação de Biden para o uso dos mísseis Storm Shadow, que contêm componentes fabricados nos EUA.
Paralelamente, a administração Biden está também vinculado a crescente parceria entre a Rússia e o Irã, ressaltando que Moscou tem recebido mísseis balísticos de curto alcance do Irã, o que, segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, demonstra a ameaça que essa aliança representa para a segurança europeia e global, com impactos que vão além do Oriente Médio.
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