No Paquistão, mais de 20.000 fornos de tijolos empregam cerca de 4,5 milhões de pessoas em condições de escravidão, apesar da proibição legal do trabalho escravo no país. Esta prática continua a ser ignorada por políticos frequentemente subornados pelos donos dos fornos. Os trabalhadores nesses locais incluem, em sua maioria, minorias religiosas que representam apenas 5% da população do Paquistão, sendo os cristãos uma significativa parcela desta força de trabalho escravizada. A missão Christian Aid estima que 1,9% da população do Paquistão seja cristã, e dentro dos fornos, essas minorias religiosas representam cerca de 50% dos trabalhadores. Em alguns casos, para cada 100 trabalhadores de fornos, 80 são cristãos.
Segundo China Aid, esses fornos de tijolos são essenciais para a infraestrutura do país, já que quase todos os edifícios no Paquistão são feitos de tijolos. Como resultado, gerações de famílias são escravizadas, trabalhando sem esperança de um futuro melhor. Muitos trabalhadores ficam presos a este sistema ao aceitarem empréstimos dos donos dos fornos, que impõem dívidas com multas quase impossíveis de serem pagas pela população carente, criando um ciclo interminável de escravidão.
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