Exposição do texto: O ensino do Senhor nesses versículos do Evangelho de Lucas se limita ao amor e à bondade cristã. O amor é a grande característica do Evangelho, o vínculo da perfeição. Nesses versículos, o amor é explicado e intensamente incentivado. Seria bom para a igreja se os preceitos de Cristo referentes ao amor apresentados nessas passagens fossem estudados com mais atenção e observados com mais diligência. No evangelho de Mateus, Pedro pergunta sobre quantas vezes deveria perdoar. A pergunta de Pedro é o resultado claro dos ensinamentos em Mateus 18.15-20. Na verdade, ele estava sendo muito complacente ao aceitar perdoar até sete vezes. O normal era perdoar três vezes. Setenta vezes sete é a resposta de Jesus. A questão aqui não é quantas vezes se deve perdoar, mas estar sempre disposto a fazê-lo.
Objetivo: Ensinar a respeito da importância do perdão e seus benefícios para cada cristão que o pratica. O perdão não é uma opção, é uma ordem divina. Todos que foram salvos pela graça foram perdoados, e aqueles que receberam perdão de Deus devem conceder perdão aos seus irmãos.
1. A força do perdão transforma a vida (Lc 6.27-31): O perdão muda nossa concepção e sentimentos em relação aos outros. Se liberamos perdão podemos cumprir o mandamento que Jesus nos apresentou: amar os inimigos (v. 27a); fazer o bem a todos (v. 27b); bendizer e nunca maldizer (v. 28a); orar pelos que nos perseguem (v. 28). Por trás do perdão há um poder eficaz (v. 29, 30); paz para nossa alma – só o ato de perdoar nos levará a desfrutar paz interior. Não podemos esperar que o mundo mude se não começarmos a mudança em nós. Temos que mudar primeiro (v. 31). Aquilo que queremos que os outros façam devemos fazer primeiro.
2. A força do perdão agrada a Deus (v. 32-35): amando ao próximo testemunhamos nossa fé (v. 32, 34). Perdoar não é uma opção, mas uma obrigação (v. 35a). Se não perdoamos, transgredimos a Lei de Deus. Amando e perdoando ao próximo, recebemos muitas bênçãos (v. 35b). Há grande recompensa quando eu tomo a atitude de perdoar: “[…] e será grande vosso galardão […]”.
3. A força do perdão não tem limite porque provém de Deus (Mt 18.21-22): se limitarmos o perdão, estaremos limitando a Deus (v. 21). A medida do nosso perdão é a medida do poder que Deus libera sobre nós. Deus nos oferece a capacidade de perdoar sempre (v. 22). Só não perdoa quem não quer. Deus nos deu essa condição. Muitos dizem que não têm força para perdoar. Perdão é questão de decisão.
Conclusão: a ciência tem atribuído ao ódio e ao rancor uma infinidade de enfermidades que se manifestam no corpo humano. Perdoar faz bem àquele que perdoa e nos aproxima de Deus, que por amor ao mundo enviou Jesus a fim de conceder perdão e restauração.
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