Certa vez, Jesus contou uma parábola sobre um rei que realizou a festa de casamento do seu filho. Quando tudo estava preparado, mandou os servos chamarem os nobres convidados, mas todos apresentaram desculpas para não comparecerem. Um deles tinha comprado um campo e precisava vê-lo. Outro adquiriu cinco juntas de bois e haveria de experimentá-los. O terceiro havia casado recentemente e não poderia ir. Então, o rei ficou irado e mandou que os seus servos fossem às ruas chamar os pobres, cegos e aleijados para a sua festa (Lc 14.15-23; Mt.22.1-14).
Aquele relato foi usado para ilustrar ensinamentos acerca do Reino de Deus. O rei é o próprio Senhor, o Pai. O filho é Cristo. Os servos são os pregadores. Os primeiros convidados são os judeus, os quais tiveram preferência na pregação do Evangelho, mas o rejeitaram. O segundo grupo representa os gentios.
Deus está convidando os homens para o Seu Reino, mas muitas são as desculpas para rejeitar o chamado. Na parábola, os motivos não envolviam coisas necessariamente más. Comprar campos e bois ou casar-se não são pecados. Porém o Mestre nos ensina que até as coisas boas e corriqueiras da vida podem se tornar empecilhos no caminho da salvação. Isso acontece quando essas coisas estão em primeiro lugar nos nossos corações ou nos ocupam de tal maneira que não temos tempo para Deus.
Depois que os primeiros convidados se recusaram a comparecer, o rei mandou os servos pra rua. Esses são os evangelistas que o Senhor enviou dizendo: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16). Os servos não poderiam ficar parados dentro do palácio, assim como nós não podemos ficar inertes nas nossas casas e templos. O Senhor nos enviou às ruas a fim de convidar a todos para as bodas do Cordeiro. Ele mandou chamar os miseráveis e marginalizados, aqueles que a sociedade rejeita e despreza. A surpresa daquelas pessoas deve ter sido enorme: “O rei está me chamando? Você só pode estar brincando”. Mas os servos responderiam: “Não é brincadeira. Ele está te convidando para um grande banquete”.
O rei não mandou fazer um concurso nem recolher currículos para uma seleção. Não importa quem você é ou o que você fez. Deus te convida para a salvação. Contudo é preciso vestir-se adequadamente para a festa (Mt 22.11-13). Esse é o processo da santificação, ou seja, mudança de vida. O Evangelho é o convite celestial. Deus nos chama para o Seu Reino. Os servos voltaram dizendo: “Senhor, fizemos como ordenaste, mas ainda há lugar”. Enquanto houver uma só pessoa a ser evangelizada, podemos declarar: “Ainda há lugar”. O desejo do nosso Pai é que a Sua casa se encha. Os convidados devem ter ficado emocionados e com grande expectativa para a grande festa. Entretanto mais importante do que comer do banquete é conhecer o Rei, poder contemplá-Lo e viver eternamente em Sua presença.
:: Pr. Anísio Renato de Andrade
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